Mulher é presa por acobertar estupro da própria filha no RJ; pai da criança é o autor dos abusos
A investigação da Polícia Civil apontou que a mãe avisou ao autor que o crime tinha sido descoberto e que ele deveria fugir
Agentes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu prenderam, nesta segunda-feira (16), uma mulher acusada de acobertar o estupro da própria filha, de apenas 3 anos, em Queimados, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
A investigação da Polícia Civil apontou que a mãe avisou ao marido — autor do estupro e pai da criança — que o crime tinha sido descoberto e que ele deveria fugir.
O pai está preso desde dezembro de 2022, dois meses após a denúncia do crime, que aconteceu em outubro, quando a criança estava hospitalizada em estado grave. Segundo a delegada Mônica Areal, titular da especializada, a mãe começou a ser investigada quando as versões apresentadas por ela foram mudando.
— Eles foram tão criminosos que a criança sempre viveu com a avó e com a companheira da avó. Como ela se mudou para perto, a avó estava deixando ela ficar um pouco mais com a criança. Quando aconteceu tudo, ela poderia ter pedido socorro à avó, mas não fez para tentar acobertar o ocorrido — explica a delegada.
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Em outubro, o pai chegou a se apresentar com advogado, prestou declarações, afirmou ser inocente. No entanto, naquela época ainda não havia mandado de prisão para ele, pois a investigação estava em curso, era delicada, demorada e com vários depoimentos pendentes.
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Com o decorrer das investigações, a Deam identificou, no depoimento do irmão da mãe, que ela sabia dos abusos e acobertava o companheiro. Ele contou, também, que a irmã mantinha contato com marido. Ele também alegou ter ouvido a mulher pedir que o companheiro a tirasse da "confusão".
A delegada responsável pediu, então, pela prisão do casal. A princípio, apenas a dele foi deferida. Com a continuidade das investigações, a Justiça entendeu a necessidade de prisão da mãe, pela omissão diante dos fatos. A prisão do homem, que era temporária, foi agora convertida em preventiva, assim como a da mulher.
Atualmente, a vítima está com uma família acolhedora e aguarda a possibilidade de voltar a viver com a avó materna.