Guerra

Mulher sequestrada pelo Hamas deu à luz em Gaza

Mais de 200 pessoas foram sequestradas durante o ataque terrorista do Hamas, no dia 7 de outubro

Mulher olha retratos de reféns israelenses tirados por militantes palestinos no ataque de 7 de outubro Mulher olha retratos de reféns israelenses tirados por militantes palestinos no ataque de 7 de outubro  - Foto: Ahmad Gharabli/AFP

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Uma mulher sequestrada por terroristas do Hamas que atacaram Israel no 7 de outubro deu à luz em Gaza. A informação foi compartilhada pela esposa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma carta divulgada pelo gabinete do premier nesta quarta-feira. Ao menos 239 pessoas foram levadas para a Faixa de Gaza durante os ataques do Hamas, segundo as autoridades israelenses.

"Uma das mulheres sequestradas pelo Hamas estava grávida. Ela deu à luz a seu bebê no cativeiro", escreveu Sarah Netanyahu, na carta à primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden.

O Hamas capturou pessoas em ao menos 10 kibutzim e no festival de música Supernova, edição Universo Parallelo, onde fez 38 reféns. Segundo um levantamento da AFP, que identificou 208 do total de reféns contablizados, pelo menos 34 sequestrados são menores de idade — 17 deles têm até 10 anos. Entre os reféns há também ao menos oito pessoas com mais de 80 anos. A agência pontuou que mais de 30 famílias têm varios membros sob custódia.

Militares também foram feitos reféns. Cerca de 10 soldados e observadores do Exército israelense estão na lista dos sequestrados.

O grupo de cativos têm cidadãos de 28 países, muitos com dupla cidadania, como o caso da jovem franco-israelense Mia Schem, de 21 anos, raptada na festa rave proxima à Gaza. Há 25 tailandeses, 21 argentinos, 18 alemães, 10 americanos, sete franceses e sete russos.

Até o momento, apenas quatro reféns foram libertas. As primeiras foram Judith Raanan, de 59 anos, e Natalie Raanan, de 17, mãe e filha, respectivamente, seguidas por Nurit Yitzhak, de 80 anos, e Yocheved Levschitz, de 85 anos, ambas do kibutz Nir Oz. O Exército israelense também afirmou ter resgatado um soldado detida em território palestino.

As negociações para libertação dos reféns têm sido mediadas pelo Catar. O país tem a maior base militar americana no Oriente Médio e abriga o escritório político do Hamas, assim como o líder exilado deste movimento palestino, Ismail Haniyeh.

Pressão contra Netanyahu
Nesta terça-feira, os familiares dos reféns detidos em Gaza iniciaram uma marcha de protesto de Tel Aviv a Jerusalém para exigir medidas para trazer os seus parentes de volta. A caminhada, que deve percorrer 63 km em cinco dias, tem como destino final o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

O protesto pretende exigir “a libertação imediata de todos os reféns”. Os familiares também pedem diálogo com os familiares e questionam por que, após mais de um mês de conflito, nenhum avanço foi realizado, segundo a Haaretz. Eles exigem ainda uma reunião com o gabinete de guerra.

Nos últimos dias, surgiram relatórios sobre negociações entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. Netanyahu levantou a possibilidade de um acordo para libertar os reféns em uma entrevista à NBC no domingo. Na segunda-feira, o braço militar do Hamas acusou as autoridades israelenses de demorarem nas negociações mediadas pelo Catar sobre a possível libertação de dezenas de reféns em troca de “200 crianças e 75 mulheres” detidas em prisões israelenses.

Através de uma publicação na plataforma X (antigo Twitter), nesta terça-feira, Netanyahu disse que seu coração estará "sempre com os reféns" e "seus familiares" e que qualquer informação concreta sobre o seu paradeiro será reportado. O primeiro-ministro destacou ainda que têm trabalhado "incessantemente" para libertá-los.

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