Logo Folha de Pernambuco

Afeganistão

Mulheres afegãs protestam em Cabul para denunciar 'silêncio' internacional

O protesto aconteceu na manhã desta terça-feira (26)

Protesto de mulheres afegãs em CabulProtesto de mulheres afegãs em Cabul - Foto: James Edgar/AFP

Um pequeno grupo de mulheres se manifestou em Cabul, nesta terça-feira (26), para denunciar o "silêncio" da comunidade internacional sobre a "situação política, social e econômica" no Afeganistão.

Os talibãs impediram os jornalistas de se aproximarem do protesto.

"Por que o mundo nos vê morrer em silêncio?" e "Direito à educação e ao trabalho" eram algumas das frases escritqas em cartazes levados pelas manifestantes, que se apresentaram como membros do "movimento espontâneo de mulheres militantes no Afeganistão".

"A cada dia, a pobreza faz estragos, nossos filhos morrem, os homens não têm trabalho, se suicidam, e o mundo se cala", afirmou Husna Saddat, uma das participantes. 

"Por que e por quanto tempo teremos que permanecer prisioneiras em casa? Por que ninguém está nos ouvindo? Por que as mulheres não têm mais o direito de participar da nossa sociedade?", completou Saddat.

Originalmente previsto para acontecer próximo à missão da ONU no Afeganistão (Unama), o protesto se deslocou, no último minuto, para a entrada da antiga "zona verde", onde ficam os prédios evacuados por várias embaixadas após a tomada do poder pelo Talibã em agosto. 

"Pedimos ao secretário-geral das Nações Unidas que apoie nossos direitos, à educação, ao trabalho (...) Hoje estamos privadas de tudo", disse à AFP Wahida Amiri, uma das organizadoras. 

Embora essas manifestações sejam proibidas pelo Talibã e tenham sido reprimidas com violência desde que chegaram ao poder, Amiri fez questão de afirmar que não têm nada contra os novos governantes: "Queremos apenas nos manifestar pacificamente".

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter