Mulheres afegãs reivindicam direitos e ajuda em manifestação autorizada pelo Talibã
Embora os protestos públicos estejam proibidos pelos novos governantes afegãos, as autoridades deram permissão para a manifestação
Dezenas de mulheres protestaram nesta quinta-feira (16) na capital do Afeganistão, exigindo ao governo Talibã o direito à educação, ao emprego e à representação política.
Embora os protestos públicos estejam proibidos pelos novos governantes afegãos, as autoridades deram permissão para a manifestação, que ocorreu sob uma onda de frio após a primeira nevasca da temporada em Cabul.
"Comida, carreiras e liberdade", pediam as protestantes, enquanto outras erguiam faixas exigindo que as mulheres tenham cargos políticos.
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Algumas manifestantes erguiam cartazes que repetiam as queixas dos talibãs pelo congelamento de bilhões de dólares em ajudas e ativos por parte da comunidade internacional.
Os talibãs prometeram um governo mais brando, em comparação com sua primeira etapa no poder na década de 1990, mas as mulheres continuam excluídas de cargos políticos e de trabalhar em escolas de ensino médio.
Apesar da permissão para protestar, as participantes dizem que ainda temem os novos governantes do país. Em um cruzamento, os combatentes talibãs levantaram suas armas para permitir que a manifestação continuasse.
"O medo sempre está aqui, mas não podemos viver com medo. Temos que lutar contra nosso medo", disse Shahera Kohistan, de 28 anos.