Mundo se esforça para conter pandemia que já infectou mais de 21 milhões
A Covid-19 já matou mais de 775 mil pessoas
Os esforços para conter os novos surtos de coronavírus se multiplicavam nesta sexta-feira no mundo, no momento em que o número de infectados ultrapassa 21 milhões, enquanto a esperança de uma vacina aumenta. Após o retono de uma aparente normalidade no começo do verão em muitos países, novos fechamentos foram determinados no planeta para controlar os casos de Covid-19, doença que já matou mais de 775 mil pessoas e infectou mais de 21 milhões, segundo o balanço mais recente da AFP com base em fontes oficiais.
A pandemia atinge principalmente América Latina e Caribe, região que soma o maior número de casos, com 5,9 milhões, e que lamenta o maior número de mortos, com mais de 235 mil. Enquanto esses países ainda enfrentam a primeira onda da doença com restrições, a Europa observa um retrocesso em sua flexibilização.
Diante do ressurgimento de casos do novo coronavírus em vários países, os esforços aumentam em todo o mundo para conter a pandemia, com o Reino Unido impondo uma quarentena a pessoas procedentes da França, a Espanha fechando boates e a Nova Zelândia prorrogando o confinamento em Auckland.
Ante a ameaça de uma segunda onda em seu território, o governo britânico voltará a impor, a partir das 3h GMT deste sábado, 14 dias de quarentena aos viajantes procedentes de França, Holanda e Malta. A medida segue vigente para Espanha, Bélgica, Andorra e Bahamas.
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Centenas de milhares de turistas terão que mudar seus planos após o anúncio do governo britânico, uma nova ilustração de um mundo que parece estar se fechando após uma aparência de liberdade encontrada no início do verão em muitos países europeus. A máscara se tornou obrigatória mesmo ao ar livre em certas cidades europeias, enquanto as autoridades espanholas decidiram fechar boates e proibir de fumar nas ruas sem respeitar a distância de segurança.
O novo coronavírus já matou mais de 754.000 pessoas em todo o mundo e infectou mais de 20,9 milhões, com consequências econômicas dramáticas, conforme mostrado pela recessão que atingiu a Polônia pela primeira vez desde o comunismo. Na Europa, o número de casos vem crescendo nas últimas semanas, mas - pelo menos por agora - o número de mortos, não, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O continente soma mais de 209 mil óbitos, atrás de América Latina e Caribe. Os Estados Unidos continuam sendo o país mais enlutado (167.242 mortes), à frente de Brasil (105.463 mortes), México (55.293) e Índia (48.040).
No Brasil, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que desdenhou da doença, antes de contraí-la, registra os maiores índices desde a sua chegada ao poder, com forte aprovação entre os beneficiários do auxílio para enfrentar a pandemia. Segundo uma pesquisa Datafolha, o índice de aprovação de Bolsonaro subiu desde junho cinco pontos percentuais, de 32% para 37%, e o de rejeição caiu de 44% para 34%.
Já a Argentina decidiu prorrogar o isolamento social, que já dura 148 dias, até 30 de agosto, com alguma flexibilidade em Buenos Aires e maior rigor em províncias por onde o vírus se espalhou, anunciou hoje o presidente Alberto Fernández. A esperança de ter uma vacina na região aumentou após o anúncio feito esta semana de um acordo entre Argentina e México para a produção da fórmula desenvolvida pelo AztraZeneca e a Universidade de Oxford. A exceção é o Brasil, que avança por seu próprio caminho, com acordos internacionais que incluem a vacina russa.
Na Oceania, a Nova Zelândia, elogiada por sua resposta bem-sucedida à primeira onda da doença, prorrogou até o próximo dia 26 o confinamento em Auckland, para conter um novo surto do vírus. A Coreia do Norte, por sua vez, anunciou ter levantado o confinamento em uma cidade instaurado no fim de julho após o registro de um caso suspeito.