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Após morte de Jeffrey Epstein, seus amigos poderosos ficam na mira

Os amigos podem acabar sendo envolvidos na investigação que o procurador-geral dos Estados Unidos prometeu levar à frente

Jeffrey EpsteinJeffrey Epstein - Foto: Divulgação

A descoberta do corpo do bilionário Jeffrey Epstein em sua cela na prisão federal de Manhattan no sábado causou uma onda de indignação nos Estados Unidos, especialmente entre as mulheres que o acusam de abuso sexual.

Contudo, desde sua acusação, no começo de julho, os nomes de vários de seus amigos poderosos passaram por documentos judiciais e em meios de comunicação. Embora nenhum tenha sido acusado, eles podem acabar sendo envolvidos na investigação que o procurador-geral dos Estados Unidos prometeu levar à frente.

Ghislaine Maxwell
Filha do falecido magnata do setor de mídia britânico Robert Maxwell, Ghislaine Maxwell, de 57 anos, a quem Epstein considerava sua "melhor amiga", agora é a principal suspeita, embora ela tenha negado qualquer envolvimento.

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Algumas das supostas vítimas do investidor lhe acusam de recrutar ativamente adolescente para seu amigo, bem como de ter participado dos abusos.

Em um processo civil apresentado contra ela e Epstein em 2015, Virginia Giuffre, de 36 anos, uma das vítimas, afirma que Maxwell lhe fez refém na década de 2000 como "escrava sexual".

George Mitchell
O ex-enviado especial de Bill Clinton e figura dos acordo de paz na Irlanda del Norte, mais tarde emissário especial de Barack Obama para o Oriente Médio, George Mitchell, de 85 anos, também está envolvido nos documentos revelados na sexta-feira.

Virginia Giuffre afirma que Epstein e Maxwell teriam forçado-a a ter relações sexuais com Mitchell, bem como com Bill Richardson, ex-representante dis Estados Unidos na Organização das Nações Unidas durante o governo Clinton. Ambos negaram categoricamente as acusações.

Leslie Wexner e Jean-Luc Brunel
Leslie Wexner, bilionário à frente da L Brands, subsidiária da famosa marca de lingerie Victoria's Secret, foi apontado por alguns como principal apoio econômico de Epstein - a quem contratou como assessor financeiro no fim da década de 1980.

Segundo o New York Times, Wexner confiava em Epstein o suficiente para lhe poder geral no começo dos anos 90 e lhe ceder sua casa em Manhattan sem receber nada em troca. Um porta-voz de Wexner garantiu que o magnata cortou todos os vínculos com seu outrora protegido há cerca de 10 anos.

O empresário francês, Jean-Luc Brunel, dono da agência de modelo MC2, também estaria envolvido. Giuffre afirma que foi forçada a ter relações sexuais com ele e que colocou-o em contato com adolescentes.

Dois membros do governo francês, Marlene Schiappa e Adrien Taquet, pediram nesta segunda-feira a abertura de uma investigação contra Epstein na França. Ele tinha pelo menos uma casa em Paris.

Príncipe Andrew
O nome do segundo filho da rainha Elizabeth II, de 59 anos, é frequentemente mencionado por supostamente ter tido um vínculo de amizade com Epstein.

Giuffre acusa Ghislaine Maxwell de tê-la obrigado a ter relações sexuais com ele, e outra mulher o acusou de comportamento indecente. O Palácio de Buckingham negou em diversas ocasiões qualquer comportamento inapropriado.

Donald Trump, Bill Clinton
Até agora, ninguém sugeriu que as supostas vítimas de Epstein tenham qualquer vínculo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ou o ex-presidente Bill Clinton.

Mas seus nomes foram mencionados por terem viajado nos aviões particulares de Epstein, que frequentava o exclusivo clube Trump de Mar-a-Lago, na Flórida.

O presidente citou, no sábado, teorias da conspiração que insinuaram uma conexão entre a morte de Epstein e Bill Clinton.

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