Apreensões de cocaína no porto da Antuérpia caem para mais da metade na América Latina
Em 2024, foram 44 toneladas apreendidas, ante 116 toneladas no ano anterior
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As apreensões de cocaína no porto belga de Antuérpia caíram em 2024 para 44 toneladas, ante 116 toneladas no ano anterior, devido a controles mais rígidos na América Latina, a fonte da maior parte da droga.
É “a primeira vez desde 2013” que o volume de apreensões caiu naquele porto, disse Kristian Vanderwaeren, administrador geral da alfândega belga, nesta quinta-feira (9), ao apresentar o relatório anual sobre o assunto.
Antuérpia, o segundo maior porto de carga da Europa depois de Roterdã, na Holanda, e o primeiro porto de entrada para importações da América Latina, interceptou grandes quantidades de drogas escondidas em contêineres de bananas, café ou madeira na última década.
Em 2022, foi ultrapassado o limite simbólico de 100 toneladas interceptadas em um ano.
Vanderwaeren destacou que o porto de Antuérpia agora registra “muitas apreensões pequenas, mas menos interceptações grandes”.
No ano passado, houve duas apreensões com um volume de pelo menos duas toneladas, em comparação com 13 em 2023.
Embora o número de delitos tenha aumentado (136 em comparação com 124), essas são quantidades muito menores de drogas apreendidas.
Ao mesmo tempo, disse ele, as interceptações de cargas de cocaína em portos latino-americanos e destinadas à Antuérpia aumentaram no ano passado para 81,4 toneladas, em comparação com 45 toneladas em 2023.
Para o funcionário belga, essa tendência é atribuída especialmente aos esforços do Equador.
“No Equador, desde que o governo disse 'basta' e pediu ao Exército para cortar as redes [de tráfico de drogas], os carregamentos de cocaína diminuíram”, disse Vanderwaeren.
A República Dominicana e o Panamá também estão entre os cinco principais países de origem das remessas de drogas.
O Brasil, que fazia parte desse grupo em 2023, foi eclipsado em 2024.
“Muitos desses países têm controles mais rígidos sobre as cargas que saem de seus portos. A Costa Rica e o Peru, por exemplo, instalaram scanners”, disse Vanderwaeren.
Enquanto isso, as autoridades belgas registraram um aumento no papel dos países da África Ocidental como zona de trânsito de drogas.