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Governo do Equador suspende vice-presidente por cinco meses

Veronica Abad teria abandonado seu posto por cinco meses, de acordo com resumo administrativo

Abad após resultados da eleição em 2023, em Quito, EquadorAbad após resultados da eleição em 2023, em Quito, Equador - Foto: Galo Paguaya/AFP

O governo do Equador suspendeu a vice-presidente Veronica Abad por cinco meses por suposto “abandono injustificado” de suas funções, de acordo com um resumo administrativo emitido pelo Ministério do Trabalho neste sábado (9).

O documento, assinado por um funcionário de Recursos Humanos, prevê “a sanção de suspensão temporária sem remuneração por 150 dias” contra Abad por uma suposta “ofensa grave” contra a lei do serviço público, que estabelece sanções para o “abandono injustificado” do cargo por três ou mais dias consecutivos.

O presidente Daniel Noboa tem uma relação tensa com sua vice-presidente, que ele nomeou como embaixadora em Israel no início de seu governo. Em setembro, em meio à escalada do conflito em Israel, Abad foi transferida para a Turquia por motivos de segurança.

O argumento para a suspensão foi o fato de que Abad deveria se estabelecer na capital turca, Ancara, até 1º de setembro, mas a vice-presidente chegou cinco dias depois.

Em agosto, Abad denunciou o presidente Noboa por violência de gênero perante o mais alto tribunal eleitoral com o objetivo de desqualificá-lo do cargo, uma ação que ele chamou de “traição”.

Noboa buscará a reeleição nas eleições gerais de fevereiro com seu partido ADN. A campanha começará em janeiro e, nessa ocasião, sua companheira de chapa será María José Pinto, atual secretária do programa Crece Sin Desnutrición Infantil (Cresça sem Desnutrição Infantil).

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