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Greve geral na França tem paralisação de serviços públicos e manifestações

Foram convocadas cerca de 180 manifestações por todo o país para denunciar as políticas "liberais e de austeridade" do presidente Macron

Ativistas da Confederação Geral do Trabalho participam da greve geral dos serviços públicos em Marselha (França)Ativistas da Confederação Geral do Trabalho participam da greve geral dos serviços públicos em Marselha (França) - Foto: EFE/ Guillaume Horcajuelo/ Direitos Reservado

A jornada de greve e manifestações convocada para nesta quinta-feira (22) na França por vários sindicatos de funcionários do governo e da companhia ferroviária estatal impactou os transportes e parte dos serviços públicos. A informação é da agência EFE.

Esta é a segunda jornada de greve e mobilizações que o presidente francês, Emmanuel Macron, enfrenta. Foram convocadas cerca de 180 manifestações por todo o país para denunciar suas políticas "liberais e de austeridade".

Devido à previsão de greve entre os controladores aéreos, a Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) pediu às companhias que reduzam nesta quinta-feira o seu programa de voos em 30% nos três aeroportos no entorno de Paris: Charles de Gaulle, Orly e Beauvais. A greve dos controladores começou às 5h e termina às 23h locais (entre 1h e 19h em Brasília) e afeta outros aeroportos franceses.

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A Sociedade Nacional de Ferrovias (SNCF, na sigla em francês) teve de limitar em 40% a circulação dos trens de alta velocidade, em 25% a dos de longa distância, em 50% a dos regionais, em 30% a da região metropolitana de Paris e em 75% a dos internacionais. Segundo um dos principais sindicatos de professores, nas escolas a greve será particularmente notada no ensino primário, pois um quarto dos professores aderiu.

O dia de mobilização, que segundo uma pesquisa do instituto Odoxa é considerado justo para 55% dos franceses, acontece depois das manifestações do último dia 15, quando milhares de aposentados protestaram pela perda de poder aquisitivo de suas pensões. O governo, por sua vez, já disse que não tem intenção de voltar atrás em suas reformas.

O líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, lamentou, em entrevista à emissora BFMTV, que fosse preciso chegar a este ponto: "o povo vai sofrer, vai perder dias de trabalho para defender o serviço público. E tudo por quê? Porque Macron decide aplicar o roteiro da Comissão Europeia".

O secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho, Philippe Martínez, denunciou na emissora France Info que enquanto "dizem que só há um caminho para colocar o país em ordem, o que propõem os funcionários, os trabalhadores ferroviários, são soluções diferentes das do governo". "Os funcionários defendem uma ideia do serviço público que é a originalidade do nosso país", acrescentou.

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