República Dominicana retoma exportações para Haiti por razões humanitárias
Governo Dominicano reiniciará operações após quase uma semana de fronteiras fechadas
A República Dominicana anunciou, na terça-feira (13), que reiniciará suas exportações para o Haiti "por razões humanitárias", quase uma semana depois de fechar sua fronteira com o país vizinho após o assassinato do presidente haitiano, Jovenel Moise.
"O governo dominicano, por meio do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, decidiu permitir, por razões humanitárias, a retomada das exportações para o Haiti", informou a Presidência em sua página institucional on-line.
"Os cidadãos haitianos precisam dos produtos agrícolas e agroindustriais dominicanos para suprir suas necessidades alimentares", acrescenta o comunicado do governo.
As autoridades dominicanas tomaram esta decisão, de modo que o comércio haitiano se mantenha "nos níveis necessários para reduzir a possibilidade de um desabastecimento geral que produza instabilidade social e fluxos migratórios", continuou o texto.
Para o governo dominicano, "a sustentabilidade da segurança depende muito da normalização do comércio entre os dois países".
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A República Dominicana ordenou o fechamento imediato de sua fronteira, logo que tomou conhecimento do homicídio de Moise. O presidente haitiano foi assassinado em sua residência, na última quarta-feira (7), por um comando formado por 26 colombianos e dois americanos de origem haitiana, conforme autoridades do Porto Príncipe.
O governo de Santo Domingo também reforçou sua presença militar na região, a qual se encontra, segundo o presidente dominicano, Luis Abinader, "em total paz".
Os mercados binacionais nas províncias fronteiriças também foram suspensos.
Em 2019, o intercâmbio comercial entre a República Dominicana e o Haiti totalizou US$ 829,8 milhões, principalmente (90,5%) por meio de postos alfandegários de fronteira, segundo dados do Ministério da Economia.
Ainda de acordo com números oficiais, 57,7% das exportações dominicanas de animais e derivados (sobretudo frango e ovos), e 18,7% das hortaliças, foram destinados ao mercado haitiano.