Memória

Museu Sinagoga Kahal Zur Israel realiza evento em memória das vítimas do Holocausto

Evento especial marca o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Museu Sinagoga Kahal Zur Israel realiza evento em memória das vítimas do HolocaustoMuseu Sinagoga Kahal Zur Israel realiza evento em memória das vítimas do Holocausto - Foto: Rodrigo Rocha

Por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o Museu Sinagoga Kahal Zur Israel abriu suas portas neste sábado (27) com uma programação especial para o público, com o propósito de não esquecer o genocídio em massa de seis milhões de judeus pelo regime nazista.

O dia foi implementado através da Resolução 60/7 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1º de novembro de 2005. A data marca a libertação, em 1945, pelas tropas soviéticas do maior campo de concentração nazista, Auschwitz-Birkenau, na Polônia, no final da 2ª Guerra Mundial.

O evento contou tanto com uma visita espontânea, assim como também com uma guiada na Sinagoga localizada na Rua do Bom Jesus, no bairro do Recife.

Jader Tachlitsky, coordenador de comunicação da Federação Israelita de Pernambuco, ressaltou a importância desse dia e por que é crucial não esquecer os eventos que marcaram a humanidade.

"Imagine que é um evento que não é tão antigo assim", começa Tachlitsky. "Década de 30, 40, o surgimento do nazismo, eclosão da Segunda Guerra Mundial, o fenômeno do Holocausto. Se sabe que 6 milhões de judeus foram assassinados, dois terços dos judeus da Europa. Eles não foram mortos porque estavam lutando uma guerra. Eles foram mortos em cima de um regime nazista, que classificava a humanidade em raças superiores e inferiores e que primeiro segregou os judeus, como outros segmentos e depois partiu para uma política de extermínio propriamente dito."

A lembrança desse evento é fundamental para a compreensão da história e como um alerta contra a repetição de atrocidades similares. "A Alemanha no final foi derrotada na guerra. Se ela tivesse vencido aquela guerra, qual teria sido o desenrolar daquilo? Então esse marco histórico serve como uma referência fundamental para a reflexão e para a educação", explica Tachlitsky. "É como se diz, que nunca mais se permita. Nós lembraremos sempre, justamente para impedir que fatos como esse se repitam”, afirma.

No entanto, apesar das lições do passado, Tachlitsky observa que o mundo contemporâneo ainda enfrenta desafios relacionados à discriminação e intolerância.

"Infelizmente, a gente percebe que a gente tá num mundo que continua se discriminando, se perseguindo. Teorias fascistas continuam sendo propagadas, falta de reconhecimento do próximo, falta de reconhecimento da identidade nacional ou da identidade religiosa de vários segmentos", pontuou Tachlitsky.

Para combater essas tendências preocupantes, Tachlitsky destaca a importância de uma abordagem em duas frentes. "É um alerta permanente que a gente tem que trabalhar em dois sentidos. No sentido pela lei, de coibir a ação de grupos que propagam esse tipo de ideal e ao mesmo tempo, tão ou mais importante, educando as novas gerações para compreender o que isso significa e trabalhar no sentido de que isso não possa acontecer."

A visitante Paula Shinozaki compartilhou sua emoção, destacando a importância não apenas como uma lembrança do passado, mas também como um chamado à ação para construir um futuro de respeito.

“Fiquei tocada pela experiência de visitar a sinagoga durante o evento em homenagem às vítimas do Holocausto. Ver a comunidade reunida para prestar tributo às vítimas foi emocionante. Ficou evidente o compromisso de nunca esquecer os horrores do Holocausto e trabalhar incansavelmente pela tolerância e pela paz”, afirmou Paula Shinozaki.

Em todo o mundo foram rendidas homenagens a todas as vítimas do regime nazista: judeus, ciganos, testemunhas de Jeová, negros, homossexuais, dissidentes políticos, pessoas com deficiência.

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