inteligência Artificial

Música, filmes, livros e artes visuais: como a IA impactar o trabalho de criadores? Entenda

Há muitas perguntas ainda sem resposta no uso da tecnologia que a maioria ainda desconhece

Imagem gerada pelo Midjourney a partir da instrução inicial "centro cultural ultra-high tech, iluminado, com pé-direito alto e arquitetura futurista, em uma composição complexa  na proporção 4x2" Imagem gerada pelo Midjourney a partir da instrução inicial "centro cultural ultra-high tech, iluminado, com pé-direito alto e arquitetura futurista, em uma composição complexa na proporção 4x2"  - Foto: Reprodução/Midjourney

Em um ano, ferramentas de inteligência artificial podem aprender muita coisa. Humanos também.

Em agosto de 2022, um americano causou alvoroço ao revelar que sua obra premiada num concurso regional de arte nos EUA tinha sido criada por um programa de IA, o Midjourney. Um ano depois, o software se popularizou (é “autor”, aliás, das imagens desta matéria) e já há artistas usando programas semelhantes em seus projetos.

Juntamente com os usos, vêm os abusos. No mercado editorial, não pegou muito bem quando começaram a surgir livros ilustrados por IA, como uma polêmica edição de “Alice no país das maravilhas”. Quando se fala em texto, no entanto — apesar de alguns lançamentos creditados a computadores —, autores e editores acreditam que os humanos ainda detêm o monopólio da criatividade, deixando para as máquinas tarefas auxiliares.

Na música, os fãs foram surpreendidos em abril com “Heart on my sleeve”, canção criada por um software treinado para reproduzir as vozes de Drake e The Weeknd. Não chegou a enganar muita gente. Em poucos meses, o choque virou diversão, tanto no sucesso de ídolos assumidamente artificiais, quanto na vertente da ressuscitação — como no caso de Chorão, o vocalista do Charlie Brown Jr. morto em 2013, que voltou para cantar “O Sol”, de Vitor Kley, numa versão que surgiu no YouTube.

Já um comercial com Elis Regina levantou outras questões, que se ligam diretamente à greve que, até o fechamento desta reportagem, ainda paralisava Hollywood. Afinal, quais são as implicações éticas de usar a IA para recriar eternamente a imagem de artistas que não estão mais aqui? Ou para multiplicar anônimos figurantes? E quem é o dono desse conteúdo?

São perguntas ainda sem resposta, como diz a especialista Dora Kaufman: “Como você vai propor e desenvolver um marco regulatório de um objeto que você não conhece?”. Ainda há muito a aprender.

Veja abaixo quais os impactos e as expectativas do uso da inteligência artificial nas artes
Audiovisual: sem regulação, mas já diante dos olhos

Música: à procura de recriar batidas perfeitas

Literatura: ferramenta útil, mas não substitui a criatividade

Artes Plásticas: futuro está longe dos extremos da catástrofe e do entusiasmo

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter