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Prisão

Músico americano é detido na Rússia por acusação de tráfico de drogas

Imprensa russa diz que Michael Travis Leake é músico e vive no país há mais de uma década

Michael Travis Leake foi detido na Rússia, onde mora há mais de 10 anosMichael Travis Leake foi detido na Rússia, onde mora há mais de 10 anos - Foto: Reprodução

Um cidadão americano foi detido, no sábado (10), na Rússia, sob acusação de envolvimento com tráfico de drogas.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, a imprensa russa identificou o americano como Michael Travis Leake, um músico que mora no país há mais de uma década e é acusado de vender mephedrone, uma droga com efeitos similares aos da cocaína e do MDMA.

Segundo a AP, o americano é acusado de produção e distribuição de drogas, crimes com pena de até 20 anos de prisão pela legislação russa. Uma página no Instagran identifica Travis Leake como vocalista da banda Lovi Noch.

A rede de TV CNN informou que o Tribunal de jurisdição geral de Moscou também identificou Leake como ex-paraquedista americano.

“O ex-paraquedista e músico é acusado de envolvimento na negociação de narcóticos ao atrair jovens”, disse o comunicado divulgado no Telegram.

Segundo a nota, o americano deve ser mantido sob custódia até, pelo menos, 6 de agosto. O Departamento de Estado Americano confirmou estar informado sobre a prisão.

Em um momento de deterioração das relações entre Washington e Moscou, em meio à guerra na Ucrânia, outros incidentes com prisão de cidadãos americanos aumentaram a pressão diplomática entre as duas potências militares.

Em dezembro, a estrela do basquete americano Brittney Griner foi libertada, depois de 10 meses de detenção, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concordar em trocá-la por Viktor Bout, um traficante de armas russo conhecido como o "Mercador da Morte".

Griner estava cumprindo uma pena de prisão de nove anos após ser detida em um aeroporto perto de Moscou com dois cartuchos contendo óleo de haxixe para ser usado em um vaporizador.

Outros dois cidadãos americanos também estão presos na Rússia, sob acusações de espionagem. Um deles, o jornalista americano Evan Gershkovich foi formalmente acusado de espionar para os Estados Unidos, o que repórter nega e que pode resultar em uma pena de 20 anos de prisão.

Gershkovich, que é filho de russos que imigraram para os Estados Unidos, estava no país trabalhando como correspondente do The Wall Street Journal, que também rechaça as acusações contra o funcionário. A prisão do jornalista ocorre em um contexto de violenta repressão na Rússia contra a imprensa, especialmente desde o início da ofensiva na Ucrânia.

Outro americano em carceragens russas é o ex-militar Paul Whelan, de 50 anos, que foi condenado, em 2020, por supostamente espionar para os Estados Unidos. Um tribunal russo o sentenciou a 16 anos de prisão. Whelan, que tem passaportes americano, britânico, canadense e irlandês, foi detido por agentes da FSB, em um hotel de Moscou, em 2018.

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