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Musk demite equipe que combatia desinformação eleitoral na rede X

A plataforma afirmou que cortou metade de sua equipe global dedicada a monitorar e limitar a desinformação

Elon MuskElon Musk - Foto: Alain Jocard/AFP

O proprietário da plataforma X (antigo Twitter), Elon Musk, anunciou que demitiu grande parte da equipe encarregada de preservar a integridade eleitoral nesta rede social, a poucos meses do período de eleições importantes em diversos países.

"Ah, você se refere à equipe de 'Integridade Eleitoral' que estava minando a integridade eleitoral? Sim, eles se foram", escreveu Musk na quarta-feira (27), em resposta a um relatório do The Information.

A plataforma afirmou que cortou metade de sua equipe global dedicada a monitorar e limitar a desinformação e a fraude relacionadas a eventos eleitorais relevantes.

Espera-se mais de 50 eleições importantes em todo o mundo em 2024, incluindo as presidenciais nos Estados Unidos, além de outras na Índia, no continente africano e na União Europeia (UE).

A demissão se produziu após reguladores da UE descobrirem que a plataforma X representava a maior parcela de desinformação entre as principais redes sociais analisadas por uma equipe regional.

Uma nova norma deste bloco econômico europeu obriga empresas de tecnologia a controlarem melhor seu conteúdo para proteger seus usuários contra a desinformação e o discurso de ódio, no qual infratores desta lei podem ser punidos com multas.

O corte de funcionários, entretanto, parece contradizer as recentes declarações da CEO do X, Linda Yaccarino, que afirmou esta semana ao Financial Times que a plataforma estava ampliando suas equipes em todo o mundo diante da iminência da temporada eleitoral.

Quando questionada sobre o relatório do The Information durante a conferência Code, do grupo Vox Media, na quarta-feira (27), Yaccarino disse que a integridade eleitoral é um tema que esta rede social leva "muito a sério".

"Ao contrário dos comentários que foram feitos, há uma equipe forte e em crescimento em X que se dedica à integridade eleitoral", acrescentou.

A CEO ainda acrescentou que X gerará lucro no início do próximo ano, mas se recusa a confirmar que a rede social começará a cobrar pagamentos de todos os seus usuários, dando a entender que se trata de uma "ideia" e não de um plano já adotado.

Durante uma conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na semana passada, Musk afirmou que introduzir um "pequeno pagamento mensal" pelo uso de X seria a única forma de combater a grande quantidade de bots (contas automatizadas) que existem atualmente no site.

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