SAÚDE EM DEBATE

MV Experience Fórum: Paulo Magnus prospecta avanços da saúde digital para os próximos dez anos

Décima edição do evento colocou mais uma vez a conexão da tecnologia com a saúde em debate

Fundador e CEO da MV, Paulo Maguns liderou a décima edição do MV Experience FórumFundador e CEO da MV, Paulo Maguns liderou a décima edição do MV Experience Fórum - Foto: MV Experience Fórum/Divulgação

SÃO PAULO (SP) — Como será a saúde em 2034? Essa foi uma das principais perguntas lançadas pelo fundador e CEO da MV, Paulo Magnus, durante a décima edição do MV Experience Fórum, em São Paulo. 

Entusiasta da saúde digital, ele enxerga como possível termos no Brasil, nesse intervalo de dez anos, avanços significativos no uso das ferramentas tecnológicas, e também da inteligência artificial, no que diz respeito à relação entre profissionais de saúde e pacientes.

Em conversa com a imprensa, no encerramento do fórum, Paulo Magnus abordou temas atuais do setor e prospectou como deverão ser os avanços. Confira os principais pontos da fala do CEO da MV.

Como será a saúde em 2034
A saúde vai ser digital. No Brasil, esse é um movimento que a gente vem puxando no sentido de poder ser o acelerador dessa condição. A gente teve um avanço muito grande na época da pandemia e se perdeu muito disso. Tivemos muitas empresas pequenas que criaram pequenas ações digitais que, passada a pandemia, elas foram se arrefecendo.

O nosso movimento é poder fazer com que a percepção das pessoas que são gestores estabeleçam um prazo para a transformação. Por exemplo, Israel é digital há 30 anos.

Dificuldades para ampliar a participação do setor público
A rede pública tem várias coisas que a gente nunca vai participar. A gente tem conseguido muito lentamente, se isolando dessas mazelas do meio público. Então a gente tem avançado, mas o público é um desafio, não sabíamos lidar com isso. Temos buscado sempre ajudar muito bem o filantrópico, é um mercado que eu valorizo muito, mas também tem pouca gestão e percepção de valor para os investimentos em tecnologia.

Benefícios da atenção à saúde
Pelo que a gente pôde perceber e entender em todos os lugares onde a gente esteve, o grande benefício para a saúde para as pessoas são esses dados totalmente integrados em todos os lugares por onde passam. O segundo item é a gente poder olhar esses dados e fazer prevenção e não tratamento, cuidar da saúde e cada um de nós sermos os cuidadores da nossa saúde, cada um de nós ter uma responsabilidade um pouco maior.

Tendências de mercado
A integração dos dados; a predição, que é a comparação dos dados e poder prever em que momento você pode precisar de um atendimento médico; o uso dos devices, dos wearable, pegando os dados e levando para o prontuário, para que a gente possa no futuro de fato ter a saúde dentro da nossa casa. 

Nós vamos discutir com o médico, em vez de um médico dizer o que eu tenho, nós vamos chegar para o médico e dizer que eu tenho uma rinite alérgica, eu tenho gastrite ou uma sinusite e dizer ‘eu estou avaliando esse tratamento, o senhor me sugere o quê? Eu já estou preparado para fazer isso’. Então, a pessoa vai ter a condição de cada vez mais poder discutir o tratamento de não aceitar o tratamento que vem, não é o remédio que o cara bota e vai lá na farmácia e compra.

Décima edição do MV Experience Fórum contou com estrutura de três palcos simultâneos (Foto: MV Experience Fórum/Divulgação)

Tecnologia e capital humano
A gente tem que sempre fazer tecnologia que ajuda as pessoas, que cuida das pessoas. Por exemplo, a gente leva 15 minutos para treinar o médico a usar um prontuário. Às vezes, a gente tem problema de infraestrutura, como ter agilidade daquele prontuário está à disposição do profissional médico ali na ponta, não tem máquina suficiente. Para nós, a tecnologia tem que vir para apoiar o médico.

Empregos e IA
A inteligência artificial vem para ajudar e ela também em algum momento vai acabar fazendo atividades mais simples de pessoas que não se formaram e não se prepararam. Eu vim de Dom Pedro de Alcântara, uma cidadezinha de 2.500 habitantes. Meu pai dizia que para sair dali só estudando muito e eu estudo muito até hoje. 

Os empregos vão estar mais qualificados, vão ter mais empregos com qualificação maior e menos empregos com desqualificação e também vai continuar tendo os empregos básicos, que não vão mudar quase nada. Vamos ter muitas substituições, mas as pessoas mais bem preparadas vão subir. Até para ter de cuidar e fazer um bom uso de dados, você tem que ter duas pessoas para olhar aquilo, a inteligência artificial sozinha não cuida disso. 

*O jornalista viajou a convite da MV
 

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