Golpe

Myanmar: Comissão Eleitoral dissolve partido da líder deposta

Aung San Suu Kyi foi deposta em fevereiro por uma junta militar

A ex-líder de Estado de Myanmar, Aung San Suu KyiA ex-líder de Estado de Myanmar, Aung San Suu Kyi - Foto: Lillian Suwanrumpha/AFP

A Comissão Eleitoral de Myanmar, controlada pela Junta Militar, anunciou nesta sexta-feira (21) a dissolução do partido Liga Nacional para a Democracia, liderado por Aung San Suu Kyi, deposta em fevereiro. 
 
O diretor da comissão, Thein Soe, nomeado após o golpe de Estado, acusou a Liga Nacional para a Democracia de "fraude eleitoral" durante as eleições de novembro passado e pediu às autoridades que persigam "por traição" os líderes do partido, diz o jornal Myanmar Now. 
 
O Exército de Myanmar justificou o golpe de Estado de 1º de fevereiro por supostas fraudes eleitorais durante as legislativas de novembro de 2020, cujo resultado deu a vitória à Liga Nacional para a Democracia.
 
As eleições legislativas foram consideradas legais pelos observadores internacionais. 


 O Supremo Tribunal de Myanmar (antiga Birmânia) vai julgar a líder deposta por violar a Lei dos Segredos Oficiais, a acusação mais grave enfrentada por Aung San Suu Kyi, em prisão domiciliar desde o golpe de Estado.
 
O mais alto tribunal do país vai assumir o caso, que até agora estava sendo tratado por um tribunal distrital em Rangum, a antiga capital, disse nesta sexta o advogado Khin Maung Zaw, da líder eleita, acrescentando que as autoridades judiciais não explicaram as razões para essa mudança.

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