Na ONU, presidente da Guatemala rejeita repressão à "liberdade" e "justiça" na Nicarágua e Venezuela
O País centroamericano solicitou a investigação às "graves violações" dos direitos humanos na Venezuela
O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, rejeitou, nesta terça-feira (24), a repressão à "liberdade" e à "justiça" na Nicarágua e na Venezuela durante o seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Rejeitamos, no hemisfério e no mundo, qualquer tentativa de reprimir as aspirações de liberdade e justiça que os povos do mundo expressam através de processos livres e democráticos, como está acontecendo agora na Venezuela e na Nicarágua", disse Arévalo.
"Os princípios da democracia são fundamentais para preservar a liberdade, a dignidade e a prosperidade inclusiva e equitativa da humanidade", acrescentou no seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU.
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O presidente social-democrata lembrou que a Guatemala recebeu, no início de setembro, 135 ex-presos políticos nicaraguenses libertados após uma mediação dos Estados Unidos com o governo de Daniel Ortega.
"Acolhemos 135 irmãos nicaraguenses que foram libertados de prisões arbitrárias pelo seu governo", disse Arévalo, que assumiu o cargo em janeiro.
O mandatário também é um crítico do governo venezuelano e está entre os líderes que questionam a reeleição de Nicolás Maduro em 28 de julho em meio a acusações de fraude por parte da oposição.
A Guatemala solicitou a investigação às "graves violações" dos direitos humanos na Venezuela.
Arévalo também fez um apelo para que se redobrassem os esforços para encontrar "soluções pacíficas" para as guerras "que afetam a paz e a segurança de todos".
"Não podemos aceitar qualquer violação à Carta das Nações Unidas nem às resoluções do Conselho de Segurança, por qualquer Estado-membro desta organização: nem na Ucrânia, nem em Gaza, nem no Sudão, nem em qualquer outro lugar do mundo", detalhou.
Acrescentou ainda que apoia reformas no Conselho de Segurança da ONU para que se "retome um foco coletivo, pacifista e democrático".
Em relação à Guatemala, disse que "a corrupção tem raízes no passado autoritário, de repressão, de violência política, de exclusão social", entre outras causas. "Mas estamos nos libertando" disso, completou.