SAUDADE

Na véspera de Finados, público vai a cemitérios do Grande Recife para homenagear entes queridos

Necrópoles devem receber milhares de pessoas no feriado

Maria Josefa no Cemitério da VárzeaMaria Josefa no Cemitério da Várzea - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A véspera do feriado de Dia de Finados, esta quarta-feira (1º), amanheceu com movimentação intensa nos cemitérios do Grande Recife. Parte dos visitantes optou por adiantar as homenagens por causa da aglomeração típica do dia de celebração de Finados.

No Parque das Flores, bairro do Curado, Zona Oeste do Recife, a movimentação foi grande/. O público levou flores, velas e fez rezas aos entes queridos, como o caso de Alcidésia Tenório, que saiu de Olinda para o cemitério para visitar o túmulo do marido e irmãos.

“É importante, porque é o momento em que a gente mata um pouco da saudade. Não é porque faleceu que a gente vai desprezar. Eu faço a visita espiritual através da reza. O corpo não existe, mas o espírito, sim, e a gente tem que elevar os nossos pensamentos a Deus para se conectar com a pessoa”, diz ela.

Movimentação no cemitério Parque das FloresMovimentação no cemitério Parque das Flores (Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco)

Fabíola Leite, de 51 anos, também costuma visitar as necrópoles todos os anos. No Parque das Flores, estão enterrados os corpos da mãe, irmã e cunhado dela. Junto aos dois filhos, os gêmeos Gabriel e Matheus Leite, de 24 anos, ela diz que “os parentes estão com Deus”. A ida deles ao local neste dia se dá pelo fato de marcar o aniversário da irmã dela, Fátima Leite, que morreu há 19 anos.

“É muito significativa essa vinda ao cemitério. Nós viemos de Boa Viagem. A gente sabe que, espiritualmente, eles estão na casa do Pai, mas a vinda aqui é para acarinhar essas pessoas tão queridas e matar um pouco da saudade”, afirma.

“As memórias continuam com a gente. Aproveitamos esse momento juntos para ter essa comunhão”, diz o filho Gabriel Leite.

Matheus acredita que a visita dos três ao túmulo serve para fortalecer a importância da vida, através das memórias boas dos familiares.

“Cada um deles foi importante na nossa vida e impactou no que cada um de nós é hoje. Para sempre teremos um pedaço deles guardado no coração”, salientou.

Na Várzea, também na Zona Oeste da capital pernambucana, a movimentação foi menor. O cemitério do bairro ainda passava por procedimentos de limpeza para receber a visitação tradicional de 2 de novembro.

Cemitério da VárzeaCemitério da Várzea (Fotos: Arthur Mota/ Folha de Pernambuco)

Maria Josefa, de 70 anos, moradora de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, foi visitar o trecho onde está sepultado o cunhado dela, que morreu há dois anos. Também com o intuito de evitar o tumulto do feriado, ela levou flores e acendeu velas no cruzeiro do cemitério.

“Quando ele era vivo, a gente o amava muito. Agora, esse amor continua na eternidade. Nunca se acabam a consideração e o respeito por tudo que ele foi”, destacou.

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