Nações de Maracatu reverenciam a ancestralidade negra, o Manguebeat e o cantor Geraldo Azevedo
Programação no Marco Zero começa às 18h30 desta quinta-feira (16), após ritual pedindo bênçãos e paz no Carnaval do Recife
No Recife, que abre a festa oficialmente na sexta-feira (17), 700 batuqueiros de 13 nações de maracatu de baque virado reverenciam na noite desta quinta-feira (16), no Marco Zero, a ancestralidade negra.
A 20ª edição do Tumaraca - Encontro das Nações também será uma oportunidade de a prefeitura corrigir o esquecimento do Movimento Manguebeat na programação da festa. Os grupos vão realizar um tributo em homenagem aos 30 anos da mistura de gêneros musicais que teve em Chico Science seu principal nome.
O espetáculo começa com a clarinada, que soa às 18h30 convocando os batuqueiros. O Manguebeat será homenageado durante a apresentação. O coral feminino Voz Nagô irá interpretar clássicos de Chico Science & Nação Zumbi, como “A Praiera”, “Manguetown” e “Meu maracatu pesa uma tonelada” e “Risoflora”.
O Voz Nagô acompanhará as participações da carioca Sandra Sá, de Gilmar Bola Oito e Gabi da Pele Preta. A direção musical é coletiva e assinada por Anastácia Rodrigues, Chacon Viana, Paz Brandão, Preto Jamaica e Rubinho Petty.
A apoteose da noite será também uma celebração ao cantor Geraldo Azevedo, homenageado do Carnaval do Recife. Todos juntos, convidados e Nações, vão entoar um maracatu de autoria dele e de Carlos Fernando intitulado "Luzitana do Norte", que tece uma cantiga de amor ao Recife.
UBUNTU
À tarde, no Bairro do Recife, 26 grupos de afoxé vão lavar a Avenida Rio Branco, a partir das 16h30, distribuindo bênçãos e pedindo paz no Carnaval. O Ubuntu, como é chamado o ritual, evoca a proteção dos Orixás num convite que se estende aos brincantes, e começa cedinho, às 6h, com a preparação das ervas.