Suspeito de furtar itens da casa onde Naná Vasconcelos morou, no Recife, é preso
Homem foi encontrado em Olinda, no Grande Recife
Foi preso, no último sábado (22), o suspeito de furtar itens da casa onde morou o percussionista pernambucano Naná Vasconcelos. Segundo a Polícia Militar de Pernambuco, o criminoso foi encontrado no bairro de Jardim Brasil, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. O grupamento responsável pela prisão dele foi o 13º BPM.
Segundo a corporação, quando chegaram ao local, os policiais abordaram o homem, de 26 anos, que não teve o nome divulgado. Ele confessou o furto e entregou parte dos itens levados, incluindo dois porta-retratos e uma bandeja de metal. A ocorrência foi encaminhada para a delegacia do Varadouro, onde as medidas cabíveis foram tomadas.
Leia também
• Dia Internacional do Graffiti: mutirão leva ações educativas e shows para Zona Oeste do Recife
• Incêndio atinge estabelecimento no Recife; cachorro que estava no local morre
• Boi Voador encanta multidão ao sobrevoar o céu do Recife na noite deste domingo (23) no Marco Zero
Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco diz que foi aberto um inquérito por portaria, e as investigações seguirão até a completa elucidação dos fatos.
Relembre o caso
A ação criminosa aconteceu na madrugada da última quarta-feira (19), quando a residência, no Rosarinho, Zona Norte do Recife, foi invadida. Imagens de circuito interno mostram um homem que entra no local, sem camisa, por volta de 1h55.
No vídeo, ele chega na sala e vê se há alguma movimentação dentro da casa. Depois, sobe uma escada. Na outra imagem, já num closet, ele pega uma mala que estava com muitos papéis, ao que tudo indica, documentos. O ladrão esvazia o compartimento e coloca itens dentro dele, perto das 2h02.
O imóvel em que viveu Naná Vasconcelos está desocupado desde 2016, ano em que ele morreu. Ainda naquele ano, a viúva dele, Patrícia Vasconcelos, viajou para morar em Nova York, nos Estados Unidos, mas vinha investindo na casa, para que não ficasse com aspecto de fechada.
“Eu não moro lá. Vim passar um tempo aqui. Mas eu sempre vinha cuidando, mandando jardineiro e piscineiro. Mas já vou me instalar num apartamento que tenho na Jaqueira. Essa casa [que Naná morou] está sendo negociada para venda”, complementou ela.
Patrícia disse à Folha de Pernambuco que, mesmo com o grande susto, o legado cultural do artista segue vivo, seguro e protegido. Uma nota divulgada pela família de Naná assegura que a residência que sofreu o furto ainda abrigava parte importante do acervo pessoal e artístico do músico, embora a maior parte já tivesse sido transferida recentemente para o Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro), no Recife Antigo, onde passa por um processo de restauração e catalogação.
“O berimbau dele já não estava mais lá. Bem como o típano, que nós tiramos. Naná abria o Carnaval com esse instrumento. Por ser grande, ele estava na entrada. Tinha indumentárias históricas também”, detalhou.