"Não fiz nada de errado", afirma PM responsável por disparos que mataram Marcos Laurindo
Policial militar Diogo Pereira de Barros está sendo julgado nesta terça-feira (20)
Em depoimento prestado durante julgamento nesta terça-feira (20), o policial militar Diogo Pereira de Barros afirmou não estar arrependido de ter realizado os disparos que vitimaram o jovem Marcos Laurindo, de 21 anos, de forma fatal.
O PM é réu por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe por impor medo com uso de truculência, e não ter dado chance de defesa à vítima). Ele assume a autoria dos disparos efetuados contra Marcos no dia 16 de maio de 2013. No entanto, discorda da acusação do Ministério Público e alega legítima defesa.
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Ao ser questionado pela juíza sobre um possível arrependimento da ação naquela dia, o policial informou que poderia estar morto caso tivesse agido de forma diferente.
"Naquela situação não tinha outra coisa para ser feita. Não fiz nada de errado. Quando um policial militar vai para a rua é para defender a sociedade. Nós não saímos de casa para matar ninguém. Se eu não efetuasse os disparos, poderia estar morto", afirmou o policial em depoimento.
Segundo Diogo, Marcos estaria armado no momento da abordagem. O jovem teria pulado na frente da viatura na tentativa de assaltar o policial.
Além dele, o PM Paulo Sérgio Reis da Silva também estava presente no momento da morte do jovem. De acordo com testemunhas, ele ajudou no socorro de Marcos após o fato. Agora, o policial é réu por falso testemunho na fase de investigação.
Até o momento, cinco testemunhas já participaram do julgamento. Agora, os jurados escutam o depoimento de Diogo. Em seguida, será a vez do policial Paulo Sérgio.