Julgamento

"Não fiz nada de errado", afirma PM responsável por disparos que mataram Marcos Laurindo 

Policial militar Diogo Pereira de Barros está sendo julgado nesta terça-feira (20)

Segunda Vara do Tribunal do Júri do Recife realiza julgamento do policial militar acusado de matar morador da comunidade Bola na Rede, no RecifeSegunda Vara do Tribunal do Júri do Recife realiza julgamento do policial militar acusado de matar morador da comunidade Bola na Rede, no Recife - Foto: Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco

Em depoimento prestado durante julgamento nesta terça-feira (20), o policial militar Diogo Pereira de Barros afirmou não estar arrependido de ter realizado os disparos que vitimaram o jovem Marcos Laurindo, de 21 anos, de forma fatal.

O PM é réu por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe por impor medo com uso de truculência, e não ter dado chance de defesa à vítima). Ele assume a autoria dos disparos efetuados contra Marcos no dia 16 de maio de 2013. No entanto, discorda da acusação do Ministério Público e alega legítima defesa. 

Ao ser questionado pela juíza sobre um possível arrependimento da ação naquela dia, o policial informou que poderia estar morto caso tivesse agido de forma diferente. 

"Naquela situação não tinha outra coisa para ser feita. Não fiz nada de errado. Quando um policial militar vai para a rua é para defender a sociedade. Nós não saímos de casa para matar ninguém. Se eu não efetuasse os disparos, poderia estar morto", afirmou o policial em depoimento. 

Segundo Diogo, Marcos estaria armado no momento da abordagem. O jovem teria pulado na frente da viatura na tentativa de assaltar o policial.

Além dele, o PM Paulo Sérgio Reis da Silva também estava presente no momento da morte do jovem. De acordo com testemunhas, ele ajudou no socorro de Marcos após o fato. Agora, o policial é réu por falso testemunho na fase de investigação.

Até o momento, cinco testemunhas já participaram do julgamento. Agora, os jurados escutam o depoimento de Diogo. Em seguida, será a vez do policial Paulo Sérgio.

Veja também

Habeas corpus de Deolane Bezerra não foi julgado; ela continua presa
Justiça

Habeas corpus de Deolane Bezerra não foi julgado; ela continua presa

Argentina rejeita "decisão unilateral" da Venezuela sobre sua embaixada em Caracas
Venezuela

Argentina rejeita "decisão unilateral" da Venezuela sobre sua embaixada em Caracas

Newsletter