"Não há nada lá": Biden minimiza descoberta de documentos confidenciais
O caso ameaça ofuscar o que seus aliados esperam que seja um anúncio em breve de que Biden concorrerá a um segundo mandato nas eleições de 2024
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, minimizou nesta quinta-feira (19) o frenesi midiático provocado pela descoberta de antigos documentos confidenciais perdidos entre seus pertences pessoais, dizendo que "não há nada lá".
"Acho que vão descobrir que não há nada lá (...) Não me arrependo de nada. Estou seguindo o que os advogados me mandaram fazer. É exatamente o que estamos fazendo", respondeu Biden aos repórteres quando questionado sobre o caso durante uma viagem à Califórnia.
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Biden soltou essas declarações desafiadoras pouco mais de uma semana depois que uma dúzia de documentos confidenciais, de sua época como vice-presidente de Barack Obama (2009-2017), foram encontrados em um antigo escritório que usava.
Outro punhado de documentos foi posteriormente descoberto na garagem e na casa particular do presidente, no estado de Delaware.
O caso ameaça ofuscar o que seus aliados esperam que seja um anúncio em breve de que Biden concorrerá a um segundo mandato nas eleições de 2024.
Embora o caso pareça menos grave do que o do republicano Donald Trump, que levou centenas de documentos confidenciais da Casa Branca para sua residência na Flórida após deixar o cargo, Biden está sob forte pressão da imprensa, dos republicanos no Congresso e de uma investigação do Departamento de Justiça liderada por um promotor independente.
Após vários dias de declarações evasivas, Biden procurou contra-atacar insistindo que tem agido corretamente em uma situação que a Casa Branca define como um extravio acidental de documentos.
"Encontramos um punhado de documentos que foram arquivados no lugar errado. Imediatamente os entregamos aos Arquivos Nacionais e ao Departamento de Justiça. Estamos cooperando plenamente e esperamos que isso seja resolvido rapidamente", afirmou.