Nasa lança nesta terça (23) nave que pode "velejar" pelo espaço com a energia do Sol; entenda
Tecnologia inovadora poderá revolucionar a propulsão de naves no espaço profundo
A Nasa, agência espacial norte-americana, vai lançar nesta terça-feira (23) a primeira espaçonave capaz de navegar pelo espaço como um " barco a vela". Conhecida como Sistema de Vela Solar de Compósito Avançado, a nave será lançada pela empresa Rocket Lab, do Complexo de Lançamento 1, na Península de Mahia, na Nova Zelândia. As velas solares usam a pressão da luz solar para propulsão, eliminando sistemas de propulsão mais pesados e com alcance limitado.
Assim como um veleiro consegue usar o vento para se movimentar, a vela solar aproveita e reflete a luz solar para gerar propulsão. Partículas de luz, conhecidas como fótons, não têm massa, mas quando batem em uma superfície reflexiva, como o material semelhante ao da vela solar, transmitem parte de seu impulso. No vácuo do espaço, e com fótons suficientes, uma grande quantidade de energia pode ser transferida para uma vela solar ao longo do tempo.
Quando usada em um sistema solar no qual a radiação solar é abundante, uma vela solar pode continuar absorvendo esse impulso para acelerar enquanto a luz for refletida nela. Isto significa que naves movidas por velas solares podem atingir velocidades muito altas, muito mais rápidas do que um foguete com combustível líquido.
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As principais vantagens das velas solares são que não necessitam de combustível e são muito leves. Neste experimento, a vela ocupa uma área de 1.652 metros quadrados quando totalmente aberta. Ela é feita de um material polímero revestido com alumínio de espessura microscópica, menor que a largura de um fio de cabelo humano.
— No futuro, poderemos colocar grandes lasers no espaço que direcionam seus feixes para as velas à medida que elas partem do sistema solar, acelerando-as a velocidades cada vez mais altas, até que eventualmente estejam indo rápido o suficiente para alcançar outra estrela em uma quantidade razoável de tempo — disse Johnson no comunicado