NAVIO CONCÓRDIA

Naufrágio em Pernambuco: Marinha instaura inquérito para apurar causas

Buscas pelo último tripulante desaparecido continuam

Navio Concórdia naufragou perto de Ponta de Pedras, em GoianaNavio Concórdia naufragou perto de Ponta de Pedras, em Goiana - Foto: WhatsApp/Reprodução

A Marinha do Brasil informou, no final da manhã desta terça-feira (17), que abriu inquérito administrativo para apurar causas e circunstâncias do naufrágio do navio Concórdia, em Pernambuco.

A embarcação, que tinha como destino Fernando de Noronha e transportava material de construção e alimentos, naufragou a 8,5 milhas náuticas (aproximadamente 15 quilômetros) da praia de Ponta de Pedras, em Goiana, no Litoral Norte de Pernambuco. 

A Marinha foi comunicada do naufrágio na noite do domingo (15) e iniciou as buscas que seguem de "forma ininterrupta", segundo a força armada.

No Concórdia estavam nove tripulantes. Quatro morreram, quatro foram resgatados com vida e em "bom estado de saúde", segundo a Marinha do Brasil, e um permanece desaparecido e sendo procurado.

Os tripulantes foram resgatados com apoio de lancha da Capitania dos Portos de Pernambuco. A Marinha do Brasil informou os nomes dos quatro:

- Edvaldo Baracho da Silva,
- Marcelo Cláudio da Conceição Freitas,
- Mozart Gomes da Fonseca e
- Valcei Gomes da Costa.

Nomes dos quatro mortos e do tripulante ainda desaparecido não foram informados.

"A Marinha do Brasil se solidariza com os familiares dos quatro tripulantes que vieram a óbito", diz comunicado divulgado pela Capitania dos Portos de Pernambuco, acrescentando que instaurou o inquérito administrativo sobre acidentes e fatos de navegação.

O Concórdia saiu do Recife na tarde do último sábado (14) e deveria chegar ao Arquipélago de Fernando de Noronha na segunda-feira (16).

A distância entre o Recife e a ilha é de 300 milhas náuticas, equivalente a 545 quilômetros, em um percurso que, feito de barco, dura em média dois dias.

Segundo o proprietário do Concórdia, Antônio Gonçalves, em entrevista ao g1, o navio transportava material de construção e alimentos. A carga se soltou da embarcação no meio do caminho e os tripulantes precisaram voltar para o Recife, de acordo com ele.

A Marinha do Brasil realiza as buscas pelo desaparecido com a estrutura do Salvamar Nordeste e empregando o navio-patrulha Macau.

"Não foram constatados indícios de poluição hídrica no local", completou a Marinha do Brasil. 

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