Naufrágio mais famoso do mundo: saiba como foram resgatados os corpos do Titanic
Tragédia do Titanic matou 1,5 mil pessoas. Navio segue no fundo do mar, sendo visitado por exploradores
Conhecido como uma “maravilha da engenharia naval”, o Titanic zarpou de Southampton, na Inglaterra, rumo a Nova York, nos Estados Unidos, com 2,4 mil pessoas.
Mas, mesmo com as 46 mil toneladas de peso e os 269 metros de comprimento, o navio teve seu casco partido em dois por um iceberg a cerca de 600 km do Canadá, quatro dias após o início da viagem, em 1912.
Era noite do dia 14 de abril quando o naufrágio começou. Em um primeiro momento, a tripulação enviou sinais de socorro por código Morse (a sigla “CQD”, seguida da universal “SOS”).
As mensagens chegaram a outros navios, que foram na direção do transatlântico, e a estações de rádio na Europa. O primeiro resgate, no entanto, apareceu duas horas após o acidente.
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Ao todo, 1,5 mil pessoas morreram. A missão para salvar os 705 sobreviventes durou até às 8h30 do dia 15, quando eles foram levados de volta à terra firme por meio de botes salva-vidas.
Já para recuperar os corpos que ficaram no mar, o CS Mackay-Bennett, navio mortuário do Titanic, foi usado. Marinheiros do porto de Halifax, no Canadá, equiparam a construção para cumprir o papel de “necrotério”.
Quando chegaram ao local, no entanto, no dia 19 de abril, eles foram surpreendidos pelo número de pessoas que estavam mortas e flutuando na água.
Na época, capitão Frederick Harold Larnder disse ao The Washington Post que a equipe viu os corpos “espalhados pela superfície, parecendo um bando de gaivotas”. Os equipamentos levados não foram o suficiente para resgatar todos eles.
No primeiro dia, eles juntaram 51 vítimas. Em 22 de abril, foram 119. Mas, mesmo assim, ainda havia muita gente. Embalsamador-chefe da operação, John R. Snow Jr. Começou colocando os cadáveres em líquido de embalsamento e caixões.
Mas, quando os equipamentos acabaram, ele precisou usar uma lona para embrulhar os corpos, que foram colocados em gelo no porão do navio.
Quando Snow percebeu que faltaria espaço para carregar todas as vítimas, decidiu que elas deveriam ser enterradas no próprio mar.
Barras de ferro foram utilizadas para pesar os corpos e enterrá-los em baixo d’água. Acredita-se que a maioria das pessoas que ficaram no mar eram passageiros de terceira classe, decisão baseada pela análise das roupas que vestiam quando foram encontrados.
Mais de um século depois, os destroços do Titanic permanecem depositados no fundo do Oceano Atlântico, mas não devem durar mais de 50 anos, de acordo com arqueólogos marinhos e oceanógrafos.
Suas ruínas vêm deteriorando a cada dia por ação, sobretudo, de ondas de lama formadas por correntes marítimas e micróbios que se alimentam do ferro do navio.