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RIO DE JANEIRO

"Navio Cabaré": o que se sabe sobre caso de suspeitas de exploração sexual em cruzeiro no RJ

Quatro jovens foram resgatadas depois de uma delas conseguir entrar em contato com a família

O organizador do evento na embarcação foi preso em flagrante na ação O organizador do evento na embarcação foi preso em flagrante na ação  - Foto: Reprodução

Uma operação da Polícia Federal  (PF) resgatou quatro jovens suspeitas de serem vítimas de exploração sexual em um cruzeiro, no município de Angra dos Reis (RJ), na Costa Verde.

Os agentes estiveram a bordo do "Navio Cabaré", cruzeiro da empresa Promoação, que contou com sertanejos entre as atrações. As mulheres, com idades entre 18 e 21 anos, teriam caído num esquema. Veja o que se sabe sobre o caso até agora.

As jovens resgatadas
De acordo com a Polícia Federal, as jovens, naturais dos estados de Santa Catarina e São Paulo, foram contratadas por uma agência para trabalhar como modelos. A ação de resgate, realizada na última segunda-feira, ocorreu após uma delas conseguir contato com a família por telefone.

As quatro jovens relataram que, após chegarem ao navio, ter percebido que os funcionários do local forneciam bebidas suspeitas de conter substâncias incomuns. Além disso, as vítimas eram impedidas de se comunicar externamente e só podiam se locomover no navio sob vigilância. Uma delas conseguiu ter acesso a um telefone e fez contato com parentes, que acionaram a PF.

O resgate
O navio, que partiu do Porto de Santos, em São Paulo, foi abordado pela PF na última segunda-feira, em Angra dos Reis. O organizador do evento na embarcação foi preso em flagrante.

Em nota, a Promoação, responsável por organizar o evento e fretar o navio, classificou a denúncia como "infundada". A empresa disse já ter apresentado sua versão à "autoridade policial local, a qual, nessa premissa, entendeu que os fatos narrados não se sustentam, afastando inclusive a prisão de qualquer envolvido".



A Polícia Federal, no entanto, afirma continuar investigando o caso e que "há elementos que indicam indícios de crime". "O fato de não ter sido lavrado o auto de prisão em flagrante não exclui a responsabilidade futura de eventuais investigados", acrescentou ainda a PF.

Suspeita de abuso sexual
A PF investiga a suspeita de sequestro, assédio sexual, importunação sexual e tráfico de pessoas envolvendo o cruzeiro.

As quatro jovens foram levadas à Delegacia de Polícia Federal em Angra dos Reis, de onde foram encaminhadas ao Instituto Médico-Legal para a realização de exames de corpo de delito. O inquérito segue para apurar se houve participação de outras pessoas.

Veja abaixo a nota da Promoação:
"A produtora responsável pelo evento vem ao público informar que a denúncia que trata a matéria jornalística é infundada e desprovida de qualquer prova. Nesse passo, a produtora refuta com veemência todas as acusações perpetradas, já esclarecidas perante a Autoridade Policial local, a qual, nessa premissa, entendeu que os fatos narrados não se sustentam, afastando inclusive a prisão de qualquer envolvido.

Cumpre à produtora reafirmar seu respeito e compromisso com seu público, passageiros e todos que participam e colaboram para o êxito e crescimento de tão relevante projeto. Todas as medidas cabíveis para trazer a verdade ao público serão tomadas e a produtora não medirá esforços para tanto.

Ressaltamos que diferente do que foi noticiado, não houve flagrante ou prisão de pessoas, apenas solicitaram depoimentos para esclarecimentos e que, os artistas embarcados nada tem a ver com o acontecido".

 

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