China

Navio chinês dispara canhões d'água contra barcos filipinos em área em disputa; veja o vídeo

As Filipinas e os Estados Unidos condenaram o ataque em alto mar feito pela guarda costeira chinesa e por supostas milícias que atuam na região

Ataque de navios chineses Ataque de navios chineses  - Foto: Reprodução

As Filipinas acusaram a China de usar canhões de água para obstruir a passagem de três dos seus navios. Vídeos publicados nas redes sociais mostram os navios chineses disparando fortes rajadas de água contra os navios do governo filipino.

O país asiático classificou as ações da China como “ilegais e agressivas”. O ataque causou “danos significativos” ao equipamento de comunicação e navegação de um dos três navios do Departamento de Pesca e Recursos Aquáticos das Filipinas, disseram autoridades filipinas.

O governo filipino também afirmou que navios suspeitos de integrarem milícias, que acompanhavam os navios da guarda costeira chinesa, usavam um dispositivo acústico de longo alcance que poderia prejudicar a audição, causando “grave desconforto temporário e incapacitação a alguns tripulantes filipinos”.

Do outro lado, Pequim afirmou ter usado “medidas de controle” em navios que invadiram suas águas.

No início desta semana, as Filipinas acusaram a China de “invadir” um recife ao largo da sua costa depois de mais de 135 barcos militares terem sido avistados no Mar do Sul da China.

No domingo, as Filipinas planeiam enviar um comboio de Natal de cerca de 40 barcos para distribuir presentes e outras provisões às pessoas na ilha de Thitu, a maior ilha ocupada das Filipinas no Mar da China Meridional.

A Filipinas e a China estão em uma escalada de tensões por disputas sobre o uso do chamado Mar do Sul da China. A hidrovia é de 1,3 milhão de km² é vital para o comércio internacional, responsável por quase um terço do transporte marítimo global.

Reivindicações e temores
Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, que inclui o atol Second Thomas, e enviou centenas de navios para a área para patrulhar suas águas, ignorando uma decisão judicial internacional de 2016 que determinou que sua reivindicação não tem base legal.

As Filipinas afirmam que a Guarda Costeira e os navios da Marinha chinesa interrompem, regularmente, a navegação de seus navios, assim como as operações de reabastecimento da pequena guarnição no Second Thomas. A Guarda Costeira filipina teme que a China tente ocupar o atol. Os soldados do navio filipino dependem dessas operações de reabastecimento.

Muitos temem que um erro de cálculo ou um acidente possam desencadear um conflito militar na região. As Filipinas estão mal equipadas militarmente, mas estão ligadas aos Estados Unidos, um aliado de longa data, sob um pacto de defesa mútua assinado décadas atrás.

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