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CONFLITO

Navio militar americano atravessa o Estreito de Taiwan após exercícios da China

A China considera Taiwan parte de seu território e pretende retomar o controle da ilha autônoma em algum momento

USS Milius (DDG 69) realizou um trânsito de rotina no Estreito de TaiwanUSS Milius (DDG 69) realizou um trânsito de rotina no Estreito de Taiwan - Foto: U.S. 7th Fleet/Twitter

Um navio militar dos Estados Unidos atravessou o Estreito de Taiwan, em uma operação de "liberdade de navegação" efetuada alguns dias depois dos exercícios militares da China na mesma área, anunciou a Marinha americana.

O USS Milius, com mísseis teleguiados, "fez um trânsito de rotina pelo Estreito de Taiwan" no domingo (16), informa um comunicado militar.

O Milius passou "por águas onde são aplicadas a liberdade de navegação e sobrevoo de acordo com o direito internacional", acrescenta a nota da 7ª Frota da Marinha.

Em resposta, a China afirmou que rastreou um navio de guerra americano que transitou pelo Estreito de Taiwan e acusou Washington de "exagerar publicamente" a passagem.

O porta-voz militar da China, coronel Shi Yi, declarou em um comunicado que "as tropas (de seu país) permanecem em nível de alerta elevado e defendem com determinação a soberania e a segurança nacionais, assim como a paz e a estabilidade regionais".

A China considera Taiwan parte de seu território e pretende retomar o controle da ilha autônoma em algum momento.

A 7ª Frota divulgou imagens no Twitter de tripulantes observando o Estreito de Taiwan, uma rota crucial para o comércio marítimo mundial.

"O navio transitou por um corredor do Estreito que está fora das águas territoriais de qualquer Estado costeiro", acrescentou a Marinha, que destacou que o percurso evidenciou o compromisso americano com uma região Ásia-Pacífico livre e aberta.

"As Forças Armadas dos Estados Unidos voam, navegam e operam onde o direito internacional permite", afirmou o comunicado.

Manobras militares
No final das manobras, o USS Milius navegou por águas reivindicadas por Pequim no Mar da China Meridional.

Pequim chamou a operação de invasão ilegal realizada "sem a aprovação do governo chinês".

A China iniciou em 8 de abril três dias de exercícios militares ao redor de Taiwan, com simulações de ataques e de um bloqueio do território da ilha.

As manobras foram uma resposta à visita recente da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos, onde ela se reuniu com o presidente da Câmara de Representantes, Kevin McCarthy.

No último dia das manobras, o ministério taiwanês da Defesa afirmou que 54 aviões chineses atravessaram a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) da ilha, o número mais elevado em apenas um dia desde outubro de 2021.

Após o fim dos exercícios, navios e aviões de guerra chineses permaneceram ao redor de Taiwan.

O governo taiwanês informou que detectou quatro navios e 18 aviões de guerra em sua ZIDA nesta segunda-feira (16).

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