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Navio norueguês captura e armazena seu CO2 pela primeira vez

Esse CO2 é então liquefeito e armazenado em tanques a bordo

NávioNávio - Foto: Finnish Border Guard/AFP

Um armador norueguês anunciou que modificou um de seus navios para torná-lo "o primeiro do mundo" a ser equipado com um sistema de captura e armazenamento de CO2 em larga escala, a fim de reduzir suas emissões.

Alimentado por óleo combustível pesado, um combustível criticado por suas altas emissões de enxofre, partículas finas e dióxido de carbono, o "Clipper Eris" deve reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em até 70%, disse seu proprietário, o Solvang Group.

Durante uma atualização técnica realizada em um estaleiro de Singapura, o navio, um transportador de etileno de 160 metros de comprimento, foi equipado com um sistema para filtrar gases de escape que permite capturar CO2.

Esse CO2 é então liquefeito e armazenado em tanques a bordo, com a intenção de ser enterrado e confinado em camadas geológicas ou reutilizado para fins industriais.

"A captura de carbono a bordo, combinada com as tecnologias de limpeza existentes, representa um passo significativo em direção à descarbonização da frota marítima internacional", disse o CEO da Solvang, Edvin Endresen, em um comunicado na quinta-feira.

"Esta parece ser uma das soluções mais promissoras para os navios do futuro", acrescentou.

O transporte marítimo é responsável por entre 2% e 3% do total de emissões globais, mas sua descarbonização é um desafio devido aos obstáculos tecnológicos e à natureza internacional do setor, o que dificulta a regulamentação.

Os Estados-membros da Organização Marítima Internacional (OMI) adotaram uma estratégia para reduzir as emissões líquidas de GEE do transporte marítimo internacional em 20-30% até 2030, 70-80% até 2040, com o objetivo de chegar a zero por volta de 2050.

A tecnologia de "captura e armazenamento de carbono a bordo" (OCCS) ainda está em fase experimental. Mas Solvang diz que sete de seus navios atualmente em construção foram projetados para serem equipados com o sistema.

Este projeto foi parcialmente financiado por fundos públicos noruegueses.

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