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Negociação para uma trégua em Gaza será retomada na próxima semana no Cairo

Dirigentes do Hamas declararam à AFP que não aceitarão as "novas condições" de Israel na proposta apresentada durante as conversas

Tropas israelenses e veículos blindados operando em terra na Faixa de Gaza em meio ao conflito contínuo entre Israel e o HamasTropas israelenses e veículos blindados operando em terra na Faixa de Gaza em meio ao conflito contínuo entre Israel e o Hamas - Foto: AFP

As negociações para um cessar-fogo em Gaza serão retomadas na próxima semana no Cairo, após os Estados Unidos apresentarem uma "proposta de compromisso" a Israel e ao movimento islamista palestino Hamas para selar um acordo, declarou a Casa Branca nesta sexta-feira (16).

"A proposta trabalha em aspectos sobre os quais houve um acordo na semana passada e preenche as lacunas restantes na forma que permita uma rápida implementação do acordo", afirmou a Casa Branca em um comunicado, também assinado pelos mediadores Catar e Egito.

"Altos funcionários de nosso governo voltarão a se reunir no Cairo antes do final da próxima semana com o objetivo de concluir o acordo nos termos apresentados hoje", afirmou.

Dirigentes do Hamas, contudo, declararam à AFP nesta sexta que não aceitarão as "novas condições" de Israel na proposta apresentada durante as conversas em Doha.

Segundo uma fonte próxima ao caso, as condições de Israel incluem manter tropas em Gaza ao longo da sua fronteira com o Egito, enquanto o Hamas exige "um cessar-fogo completo, uma retirada completa da Faixa, um retorno normal dos deslocados e um acordo de troca" sem restrições.

Até a retomada das negociações no Cairo, as equipes de trabalho abordarão minuciosamente os detalhes, incluindo as disposições humanitárias e os aspectos práticos para a libertação dos reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas.

"Não há mais tempo a perder nem desculpas de nenhuma das partes para mais demoras. É hora de libertar os reféns e os detidos, iniciar o cessar-fogo e implementar este acordo", afirmaram em declaração conjunta os líderes dos Estados Unidos, Joe Biden, do Egito, Abdel Fattah Al Sisi, e do Catar, o xeque Tamim bin Hamad al Thani.

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