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GUERRA

Netanyahu ameaça aumentar pressão sobre o Hamas se reféns não forem libertados

"Quanto mais o Hamas se recusar a libertar os reféns, mais território perderá, que será anexado por Israel", indicou ministro israelense da Defesa

Primeiro-ministro israelense, Benjamin NetanyahuPrimeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu - Foto: Abir Sultan / POOL / AFP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou nesta quarta-feira (26) que Israel intensificará a pressão sobre o movimento islamista palestino Hamas se este se recusar a libertar os reféns mantidos em Gaza.

"Quanto mais o Hamas persistir em sua recusa em libertar nossos reféns, mais forte será a pressão que exerceremos", disse Netanyahu no Parlamento.
 

"Digo isso aos meus colegas no Knesset [o Parlamento israelense] e também digo ao Hamas: isso inclui a tomada de territórios, com outras medidas sobre as quais não vou me aprofundar aqui", observou.

A ameaça acontece poucos dias após o ministro israelense da Defesa, Israel Katz, afirmar que havia ordenado ao Exército "tomar mais território em Gaza, retirando a população".

"Quanto mais o Hamas se recusar a libertar os reféns, mais território perderá, que será anexado por Israel", indicou Katz em um comunicado publicado na sexta-feira.

O ministro israelense também ameaçou "ampliar as zonas de amortecimento ao redor de Gaza para proteger as áreas de população civil" com uma "ocupação israelense permanente" das áreas.

Israel retomou os bombardeios aéreos na Faixa de Gaza, densamente povoada, na semana passada, e também as operações terrestres, encerrando uma fase de relativa calma motivada pelo cessar-fogo alcançado com o Hamas em janeiro.

Desde que Israel retomou as operações militares em Gaza, pelo menos 830 palestinos morreram, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas.

A guerra em Gaza foi provocada pelo ataque do movimento islamista palestino contra Israel em 7 de outubro de 2023, no qual morreram 1.218 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.

Em resposta ao ataque, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra o território que matou mais de 50.000 pessoas, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, que a ONU considera confiáveis.

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