guerra na ucrânia

Netanyahu cogita dar ajuda militar à Ucrânia e atuar como mediador

O primeiro-ministro israelense ainda não assumiu compromissos formais com a Ucrânia

Benjamin NetanyahuBenjamin Netanyahu - Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que está considerando a possibilidade de fornecer ajuda militar à Ucrânia e atuar como mediador no conflito do país com a Rússia, depois que o governo dos Estados Unidos pediu um compromisso mais ativo.

Netanyahu não assumiu compromissos formais com a Ucrânia e Israel mantém relações com a Rússia, que controla o espaço aéreo na vizinha Síria e ignorou os ataques israelenses contra alvos do Irã.

Mas em uma entrevista ao canal americano CNN, Netanyahu disse que está "considerando" fornecer assistência à Ucrânia e comentou que os Estados Unidos "pegaram grande parte das munições israelenses e a entregaram à Ucrânia".

Israel também, francamente, atua de maneiras que não vou detalhar aqui contra a produção de armas do Irã, que são usadas contra a Ucrânia, disse.

Já a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, se pronunciou horas depois.

Quando se trata da entrega de armas (à Ucrânia), não classificamos os países de acordo com a geografia. Dizemos que todos os países que fornecem armas devem entender que consideraremos (essas armas) alvos legítimos para as forças armadas russas, disse.

Netanyahu, por sua vez, destacou que tem vontade de atuar como mediador, caso receba um pedido da Ucrânia e da Rússia, além dos Estados Unidos.

Estou por aqui há tempo suficiente para saber que deve existir um momento certo e as circunstâncias certas. Se surgirem, com certeza vou considerar, disse.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, afirmou ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, que viajaria à Ucrânia para reabrir a embaixada do país.

Naftali Bennett, antecessor de Netanyahu, fez uma visita surpresa em março do ano passado a Moscou para uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin. Bennett conseguiu transmitir mensagens a Putin do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, mas não conseguiu estabelecer negociações diretas.

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