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Netanyahu e Gantz anunciam governo de emergência e criação de gabinete de guerra em Israel

Líder governista e de unidade de oposição chegaram a acordo para cooperar durante conflito com o Hamas

Gantz (E) e Netanyahu (C) em foto de 2019; rivais anunciaram acordo para governo de emergênciaGantz (E) e Netanyahu (C) em foto de 2019; rivais anunciaram acordo para governo de emergência - Foto: Gil Cohen-Magen/AFP

A coalizão de governo liderada por Benjamin Netanyahu e a ala da oposição encabeçada pelo ex-ministro da Defesa Benny Gantz alcançaram um acordo para a criação de um governo de emergência e unidade nacional em Israel. Em uma declaração conjunta, Netanyahu e Gantz detalharam que será criado um gabinete especial para gestão da guerra, do qual os dois farão parte.

O Likud, partido de Netanyahu, já havia indicado na quarta-feira (4) que tinha um acordo interno com os membros de seu gabinete para a entrada da oposição no governo. Embora o cenário político interno de Israel fosse extremamente acirrado, o ataque do Hamas acabou criando uma unidade em torno da resposta à agressão extrema.

O principal termo para o acordo entre o governo e a oposição foi a criação de um gabinete de guerra, que será composto por três integrantes: Netanyahu, Gantz e o ministro da Defesa, Yoav Gallant. Esse era uma das principais exigências de Gantz para concordar com o governo de unidade.

A liderança do esforço de guerra já era uma questão suscitada dentro de Israel desde o ataque do Hamas, mas divergências sobre a forma que assumiria e sobre quem seria incluído retardaram brevemente o esforço.

Gantz, líder da aliança política de oposição Unidade Nacional, apelou repetidamente pelo fim do governo de Netanyahu, mas disse que consideraria se juntar a um governo de emergência liderado pelo primeiro-ministro.

Analistas disseram que a dificuldade de Israel em remendar a resposta política aos ataques foi na maioria resultado da lentidão de Netanyahu. O primeiro-ministro enfrenta um julgamento por corrupção e uma oposição generalizada às mudanças no sistema judicial que, segundo os críticos, minam as normas democráticas do país. Ele teria pouca vontade de mudar a composição do atual governo, que o apoia.

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