Níger negocia retirada 'rápida' das forças francesas no país, diz premier
Aproximadamente 1.500 soldados franceses estão estacionados no Níger para participar da luta contra o jihadismo
O primeiro-ministro nomeado pelo regime militar no Niger afirmou, nesta segunda-feira (4), que conversas estão em andamento para a retirada "rápida" das forças francesas que estão no país, ao mesmo tempo em que espera "manter uma cooperação" com a França.
Ao lembrar que o governo do Níger denunciou seus acordos militares com a França, Ali Mahaman Lamine Zeine afirmou que as forças francesas "estão em uma posição ilegal" e considerou que "as conversas em andamento devem permitir rapidamente que essas forças se retirem".
"O que nos interessa é, se possível, manter uma cooperação com um país com o qual compartilhamos muitas coisas", acrescentou durante uma coletiva de imprensa.
Aproximadamente 1.500 soldados franceses estão estacionados no Níger para participar da luta contra o jihadismo por meio de acordos bilaterais.
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Por outro lado, o chefe do governo nomeado pelos militares que derrubaram o presidente eleito Mohamed Bazoum em 26 de julho também se referiu ao diálogo com a Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao).
"Não encerramos nossas trocas com a Cedeao. Esperamos chegar a um acordo em alguns dias", declarou.
A organização da África Ocidental não mudou sua posição desde o golpe de Estado: exige o retorno "imediato" da ordem constitucional, o que passaria pela libertação do presidente deposto e por seu retorno ao cargo.