No Dia do Frevo, Paço do Frevo comemora dez anos com programação especial
Equipamento terá apresentações de diversos artistas locais
Desde as 6h desta sexta-feira (9), os clarins anunciam, diretamente das janelas do Paço do Frevo, que é dia de festa. A prática se repete a cada hora, até o meio-dia. Além do aniversário de 117 anos do Frevo, comemorado nesta sexta-feira (9), é celebrada a chegada da primeira década do equipamento cultural, que fica no bairro do Recife.
O mais visitado da capital pernambucana, entre os museus municipais, o Paço registrou um público de mais de 156 mil pessoas, apenas em 2023. E neste janeiro, às vésperas do aniversário, atingiu a histórica marca total de um milhão de visitantes.
A partir das 10h, o Paço abre as portas ao público que, a partir das 11h30, vai poder acompanhar, gratuitamente, no terceiro andar, shows da Orquestra Malassombro e de, pelo menos, 20 artistas convidados, são eles:
• Zé Manoel
• Getúlio Cavalcanti
• Isaar
• Flaira Ferro
• André Rio
• Mônica Feijó
• Martins
• Claudionor Germano
• Marron Brasileiro
• Carlos Filho
• Almir Rouche
• Sofia Freire
• Tonfil
• Surama
• Albino
• Cláudio Rabeca
• Luciano Magno
• Nena Queiroga
• Ed Carlos
• Valéria Moraes
• Dona Nana Moraes
A dança também vai ser representada por seus muitos estilos e formas de corpos que vivem os ritmos. Passistas se apresentarão em uma roda de frevo. Entre eles, estão:
- Mestre Wilson
- Gil Silva
- Juninho Viégas
- Jefferson Figueirêdo
- Inaê Silva
- Dadinha
- Bhrunna Renata
- Mestre Tonho das Olindas
- Valéria Vicente
- Mariângela Valença
- Matheus Lumiére
- Edson Vogue
- Rebeca Gondim
- Loy do Frevo, em condução da multiartista Luna Vitrolira
Às 14h, o Paço do Frevo fecha e convida seu público a curtir o Carnaval nos braços de Momo: pelas ruas do Recife. O museu reabre na Quarta-Feira de Cinzas.
O gerente de Memórias e Exposição do museu, Luiz Santos, conta como tudo começou. Segundo ele, o equipamento é uma consequência da política pública de registro e valorização dos patrimônios imateriais do País.
“Uma história que começou em 2006 com o processo de pesquisa e inventário nacional do frevo, que combinou com o registro do frevo como patrimônio imaterial do Brasil. A população pernambucana e recifense pedia um espaço onde as memórias e as histórias do frevo pudessem ser contadas, mas também que fosse um lugar de encontro, de celebração, de difusão de toda a cadeia produtiva do frevo”, salienta.
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“A gente tem cumprido essa missão de respeitar, valorizar, honrar as memórias dos mestres, mas também trazer essa referência contemporânea de quem faz e vive o frevo o ano inteiro”, acrescenta.
O Paço do Frevo é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como centro de referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do Brasil, o Frevo.
Patrimônio imaterial pela Unesco e pelo Iphan, o Frevo é um convite à celebração da vida, por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, que no Paço do Frevo encontram seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do Frevo.
Programação normal
Geralmente, o Paço do Frevo funciona de terça à sexta-feira, das 10h às 17h. Os ingressos custam R$ 10, a inteira, e R$ 5, a meia. Nas terças, a entrada é gratuita. Aos finais de semana, o equipamento abre das 11h às 18h. Ele é situado na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife.