Covid-19

No Rio, Ômicron chega a 100% das amostras analisadas em tempo recorde

Nova variante desbancou as demais cepas do coronavírus nas pesquisas por amostragem em menos de um mês, diz secretaria

Variante ômicron Variante ômicron  - Foto: Pexels

Leia também

• Pfizer e BioNTech começam testes clínicos de vacina contra ômicron

• OMS considera 'plausível' que pandemia na Europa termine com a ômicron

• Variante Ômicron é detectada em mais de 90% dos testes sequenciados em Pernambuco

A variante Ômicron alcançou 100% de predominância nas mais recentes análises de sequenciamento genômico do coronavírus, informa a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro. Isso significa que, nas pesquisas realizadas por amostragem entre os dias 1º e 18 deste mês, a nova cepa do SARS-Cov-2, mais contagiosa, desbancou todas as demais variantes já introduzidas no cenário epidemiológico do município.

Nenhuma outra linhagem tornou-se absoluta nos exames genéticos em tão pouco tempo — nem mesmo a Delta, que apresentou ampla vantagem em termos de transmissibilidade quando comparada a suas antecessoras.

— A Delta levou 45 dias para chegar a 98% de predominância, enquanto a Ômicron levou 17. Uma semana depois, chegou a 100% — diz o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. 

Das 40 amostras analisadas em novembro de 2021, antes da chegada da Ômicron ao Rio, 39 apontaram a presença da variante Delta, e uma indicou a cepa Gamma (P.1). Já em dezembro, quando a Ômicron começou a circular no município, todas as 66 amostras analisadas continham a nova variante. O panorama se repete em janeiro: todas as 38 amostras sequenciadas este mês indicam a presença da cepa recém-chegada. Os dados constam num novo boletim epidemiológico da prefeitura, lançado no último dia 20.

Outro sinal da altíssima capacidade de transmissão da Ômicron foi o aumento que ela provocou na taxa de reprodução do vírus, índice que calcula a quantidade de pessoas saudáveis que um infectado é capaz de contaminar (também chamado de R). No Rio, o R ficou em 0.7 em dezembro, a menor taxa de toda a pandemia. Hoje, a situação é inversa: o índice está em 3.7, o maior patamar de toda a pandemia. Ou seja, cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 370.

Os dados da SMS mostram ainda que a Covid-19 voltou a dominar os diagnósticos relacionados a síndromes gripais (SG), em oposição a outras possíveis causas, como a influenza. Segundo o boletim, 97% das amostras coletadas em unidades-sentinela da rede municipal na semana epidemiológica 2 de 2022 (9 a 15 de dezembro) apontaram a presença do SARS-Cov-2, e 3% continham influenza A. Três semanas antes, a influenza A correspondia a 94% do total de amostras.

Apesar do vertiginoso aumento de casos e internações por Covid-19 registrados na cidade nas últimas semanas, a quantidade de óbitos provocados pela doença segue estável, com média móvel de duas notificações diárias. 

Veja também

Projeto de inclusão do IFPE conquista 1º lugar estadual do Prêmio IEL de Talentos
Inclusão

Projeto de inclusão do IFPE conquista 1º lugar estadual do Prêmio IEL de Talentos

Israel confirma morte de dois soldados em combates perto da fronteira com o Líbano
ORIENTE MÉDIO

Israel confirma morte de dois soldados em combates perto da fronteira com o Líbano

Newsletter