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Noite lunar faz módulo espacial japonês voltar a "dormir"

Módulo não tripulado ousou na Lua em janeiro em um ângulo que deixou seus painéis solares apontando para o lado errado

 Sonda japonesa pode ficar sem energia após pousar na Lua Sonda japonesa pode ficar sem energia após pousar na Lua - Foto: Divulgação / JAXA

Depois de acordar brevemente, o módulo lunar japonês ficou novamente fora de ação, mas retomará sua missão se sobreviver às duas semanas de noite lunar, informou a agência espacial japonesa (JAXA) na quinta-feira.

O módulo não tripulado SLIM (Smart Lander for Investigating Moon) pousou na Lua em janeiro em um ângulo que deixou seus painéis solares apontando para o lado errado.

Quando o ângulo solar mudou esta semana, ele carregou as baterias novamente por dois dias e fez observações científicas de uma cratera com sua câmera espectroscópica.

"Depois de completar as operações nos dias 30 e 31 de janeiro, o SLIM entrou num período de descanso de duas semanas durante a longa noite lunar", disse a JAXA na rede social X. "Embora o SLIM não tenha sido projetado para as duras noites lunares, planejamos tentar operá-lo novamente em meados de fevereiro, quando o Sol retornar para iluminar suas células solares", acrescentou.

A JAXA Indicou que o SLIM conseguiu "concluir com sucesso as suas observações (...) conforme planejado" com a sua câmara e pôde estudar mais áreas do que o esperado.

A agência espacial postou uma foto em preto e branco da superfície rochosa tirada pelo módulo na quinta-feira. SLIM, chamado de "Moon Sniper" (Franco atirador Lunar), pousou na Lua em 20 de janeiro.

Isso foi uma conquista para o programa espacial japonês após uma série de fracassos recentes, e fez do país o quinto a conseguir um “pouso suave” no satélite. Os demais países são Estados Unidos, União Soviética, China e Índia.

Na descida, a sonda japonesa sofreu problemas no motor e acabou tombado, deixando os painéis solares voltados para oeste e não para cima. Rússia, China e outros países, da Coreia do Sul aos Emirados Árabes Unidos, também pretendem chegar ou voltar ao astro.

Em um desses projetos, o módulo lunar Peregrine, da empresa americana Astrobotic, começou a perder combustível após decolar neste mês, encerrando sua missão. A NASA também adiou suas missões lunares tripuladas no âmbito do programa Artemis.

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