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Nova camisa do Galo ganha assinatura de J. Borges

Bloco homenageia a xilogravura e a literatura de cordel

Galo da Madrugada 2020 homenageia literatura de cordel e xilogravuraGalo da Madrugada 2020 homenageia literatura de cordel e xilogravura - Foto: Caio Danyalgil/Folha de Pernambuco

Em meio às preparações para seu 43º desfile, o Galo da Madrugada lançou, nesta quarta-feira (20), a nova camisa oficial do bloco, que, no próximo ano, homenageia a xilogravura e a literatura de cordel. O projeto gráfico é assinado pelo mestre J. Borges, escolhido para representar os artesãos de todo o País. A agremiação terá seis carros alegóricos que também trarão referências à arte popular, à fauna e à flora nordestinas e à cultura indígena. Parte da renda arrecadada com a venda das camisas será destinada a instituições sociais.

As novidades foram anunciadas em coletiva de imprensa na sede do bloco, no bairro de São José, área central do Recife. Segundo o presidente do Galo, Rômulo Meneses, a ideia é unir as diversas manifestações culturais do Nordeste. “Nosso objetivo é resgatar, dar oportunidade para aparecer de uma maneira mais ampla essa cultura do Agreste e do Sertão”, declarou. “Isso é a continuação do prazer que eu tenho de trabalhar e criar. Todo mundo que vem ver o Galo vai levar uma lembrança do meu nome para se espalhar mais e me dar um currículo mais gordo, bem melhor”, brincou J. Borges.

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Projetados pelo cenógrafo Ary Nóbrega, que atua na agremiação há 20 anos, os seis carros alegóricos que acompanharão o bloco reverenciam as raízes culturais do Estado, tendo nomes como “Xilogravuras e Cordéis”, “Feira de Cordel”, “A Passarada”, “Sertanejo” e “O Monstro do Sertão”, além do “Abre Alas”, que carregará um galo de cinco metros. A instituição anunciou ainda os artistas que serão condecorados com o selo “Gigante Guardião da Cultura”. São eles o mestre da embolada Galo Preto, Patrimônio Vivo do Estado; as indígenas Carmem Fulni-ô, Jaqueline Xukuru e Cléo Pankararu; o poeta e xilogravurista Mestre Dila de Caruaru; e a dupla Caju e Castanha.

Social
As vendas do novo produto também terão uma destinação social. A cada camisa comercializada, que custa R$ 30 e pode ser adquirida nas lojas Narciso Enxovais ou na sede do Galo, R$ 1 será revertido para o fundo de doações do bloco. A iniciativa beneficiará duas instituições: o Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer em Pernambuco (GAC-PE), que atende, em média, 100 pacientes por dia, e a Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes de Fígado (APAF), que desde o início do ano apoia cerca de 1.500 tranplantados. “Para nós, é muito importante porque é um clube que tem uma história muito respeitada”, comemorou a presidente do GAC-PE, Vera Morais. “Nossa associação foi criada para ajudar pessoas carentes”, ressaltou o presidente da APAF, Luiz Araújo.

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