Nova jornada de violência em Israel e na Cisjordânia ocupada
Pelo quarto dia consecutivo, o exército do Estado hebreu está mobilizado na cidade palestina de Jenin
Novos incidentes violentos foram registrados nesta terça-feira (12) na zona norte da Cisjordânia ocupada, onde aconteceram confrontos entre as forças de segurança israelenses e palestinos, enquanto em Israel um palestino foi morto depois de esfaquear um policial.
Pelo quarto dia consecutivo, o exército do Estado hebreu está mobilizado na cidade palestina de Jenin, cidade de origem de dois palestinos que cometeram atentados recentemente em Israel.
Os confrontos entre os moradores e as forças israelenses aconteceram nas primeiras horas de terça-feira.
Quatro palestinos foram detidos em Jenin e na cidade de Al Yamun, onde os soldados israelenses usaram munição letal, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, segundo a agência palestina de notícias Wafa.
O exército de Israel não comentou a informação.
As operações no norte da Cisjordânia acontecem depois de quatro atentados em Israel desde 22 de março, os dois primeiros executados por árabes israelenses vinculados ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) e os dois últimos por palestinos da área de Jenin.
Os ataques provocaram 14 mortes.
Durante o mesmo período, 15 palestinos, incluindo os agressores, morreram em atos de violência, segundo um balanço da AFP.
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Nesta terça-feira, um palestino foi morto a tiros depois de esfaquear e ferir levemente um policial israelense na cidade de Ashkelon, na costa sul do país, informaram as forças de segurança.
"Durante uma operação em Ashkelon, um policial identificou um suspeito e iniciou um controle de identidade. Mas o homem sacou uma faca e atacou o agente, que rapidamente respondeu abrindo fogo contra ele", afirma um comunicado.
A polícia informou que o agressor era da cidade palestina de Hebron, sul da Cisjordânia, território ocupado pelo exército israelense desde 1967.
No domingo, a polícia israelense matou uma palestina que esfaqueou um agente no centro desta cidade, onde vivem quase mil colonos judeus - ilegalmente, segundo o direito internacional - entre uma população de 200.000 palestinos.
"Não deixaremos que nosso inimigo detenha nossas vidas", disse o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, na segunda-feira em Tel Aviv, no local do atentado executado quatro dias antes e que provocou a morte de três israelenses.
"Continuaremos vivendo nossas vidas e, ao mesmo tempo, lutaremos onde os inimigos estiverem", completou.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "acompanha com profunda preocupação a escalada da violência", afirmou seu porta-voz Stephane Dujarric.
"Está consternado com o elevado e crescente número de vítimas. Pede ao exército israelense que atue com máxima moderação e utilize a força letal apenas como último recurso", completou Dujarric.