Nova noite de bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixa 140 mortos
Movimento islâmico diz que, ao todo, mais de 5 mil pessoas foram mortas por bombardeios de Israel
Pelo menos 140 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza, numa nova noite de bombardeamentos das forças israelenses, segundo informou o Hamas. Na véspera, o grupo havia libertado duas mulheres raptadas durante o ataque contra Israel em 7 de outubro.
Seis funcionários da ONU também foram mortos em Gaza nas últimas 24 horas.
Desde esse dia, o exército israelense tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza para preparar uma eventual operação terrestre contra o enclave palestino.
“Mais de 140 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em massacres cometidos por ataques de ocupação”, afirmou o governo do Hamas, nesta terça-feira (24).
O movimento islâmico afirma que mais de cinco mil pessoas foram mortas pelos bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza, incluindo mais de duas mil crianças.
Leia também
• Seis funcionários da ONU morrem em 24 horas após bombardeios em Gaza
• Ministro afasta governo de manifestações do PT sobre conflito em Israel
• Israel x Hamas: EUA sinalizam ao Brasil que vão incluir questão humanitária em texto na ONU
Por seu lado, as autoridades israelenses estimam que mais de 1.400 pessoas morreram em seu território, nas mãos do Hamas, a maioria delas civis baleados, mutilados ou queimados no primeiro dia do ataque. Entre os mortos estão mais de 300 soldados.
Durante o ataque surpresa de 7 de outubro, os combatentes islâmicos também fizeram cerca de 220 reféns. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu nessa segunda-feira a libertação de todos eles para poder discutir uma trégua nesta guerra.
“Os reféns precisam ser libertados, então poderemos conversar”, disse Biden.
Na sexta-feira, o Hamas libertou dois americanos e na segunda-feira fez o mesmo com duas idosas israelenses, que chegaram na manhã de terça-feira a um centro médico em Tel Aviv onde os seus familiares os esperavam.
O movimento palestino disse que tomou a decisão “por razões humanitárias imperiosas”, graças à mediação do Catar e do Egito.
O gabinete do primeiro-ministro israelense identificou as libertadas como Yocheved Lifschitz, 85; e Nourit Kuper, 79, originárias do Kibutz Nir Oz, de onde foram raptadas juntamente com seus maridos, que ainda estão detidos.