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Nova noite de choque na França termina com 16 detidos

A onda de violência no país começou depois da morte de um jovem em uma operação policial

Homenagem para o adolescente Nahel M., de 17 anos, assassinado pela políciaHomenagem para o adolescente Nahel M., de 17 anos, assassinado pela polícia - Foto: Zakaria Abdelkafi/AFP

As forças de segurança anunciaram a detenção de 16 pessoas entre a noite de terça-feira (4) e a madrugada de quarta-feira (5), o menor balanço diário desde a explosão de violência na semana passada pela morte de um jovem em uma operação policial.

O ministério do Interior anunciou que 16 pessoas foram detidas, incluindo sete em Paris e na periferia da capital. Oito edifícios e 159 veículos foram incendiados.

As autoridades mobilizaram 45 mil policiais nas ruas para evitar novos distúrbios. Nenhum agente ficou ferido e foi registrado quatro ataques a delegacias, de acordo com o ministério.

O balanço da última madrugada confirma a diminuição da crise, que provocou a retomada do debate sobre a violência policial na França e evidenciou, após o ataque contra a casa de um prefeito, uma violência crescente enfrentada pelos funcionários públicos.

A justiça anunciou na terça-feira que investiga a morte em Marselha de um homem de 27 anos, sob suspeita de ter sido vítima de parada cardíaca depois de ter sido atingida no peito por uma bala de borracha que geralmente é utilizada pela polícia francesa.

Não está claro se o homem participava nos protestos ou apenas passava pelo local.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na terça-feira uma lei de urgência para acelerar os reparos de milhares de estabelecimentos comerciais e edifícios danificados, durante uma reunião com prefeitos para supervisionar soluções para a crise.

A direita e a extrema-direita defendem a linha dura contra os autores dos distúrbios, mas a esquerda aponta o papel polêmico da polícia nos subúrbios e a situação nestes bairros, que estão entre os mais pobres da França.

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