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Pandemia

'Nova onda de Covid na Europa e na Ásia deve servir de alerta para o Brasil', aponta Fiocruz

Na última semana de outubro, a Europa e a Ásia Central foram responsáveis por 59% de todas as infecções e 48% dos óbitos registrados em todo mundo

Circulação no Recife durante a pandemiaCirculação no Recife durante a pandemia - Foto: Arthur Mota / Folha de Pernambuco

Divulgado nesta sexta-feira (12), o Boletim Observatório de Covid-19 da Fiocruz ligou o alerta para o recente quadro da pandemia em países da Europa e da Ásia Central, que vem registrando aumento nos números de casos e óbitos mesmo em locais com altos patamares de cobertura vacinal.

A instituição lembra que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), europeus e asiáticos vivem o risco de um recrudescimento da pandemia do coronavírus — os casos graves da doença têm se concentrado entre grupos não vacinados, especialmente em países com baixa cobertura vacinal, como a Alemanha. Na última semana de outubro, a Europa e a Ásia Central foram responsáveis por 59% de todas as infecções e 48% dos óbitos registrados em todo mundo. Em comparação com a semana anterior, europeus e asiáticos tiveram um aumento de 6% e 12% respectivamente.

Diante deste cenário, o Boletim da Fiocruz coloca em pauta a necessidade da manutenção das regras de distanciamento físico e proteção individual — como o uso de máscaras — no Brasil, além de ressaltar uma desaceleração no ritmo de vacinação de primeira dose contra a Covid-19 no país — de acordo com os cientistas da Fiocruz, este é o momento em que a estagnação da curva de crescimento da primeira dose traduz a saturação populacional para a vacinação, como vêm acontecendo com outros países, e que por isso, consequentemente, o número de casos nesses locais têm subido.

“Segundo os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, embora os dados recentes no Brasil indiquem a manutenção da tendência geral de queda dos indicadores monitorados desde o início da Covid-19, é importante destacar que a pandemia não acabou e que o risco de recrudescimento permanece com a proximidade da temporada de festas e de férias, com maior circulação e concentração de pessoas em diversos ambientes.” diz o relatório da Fiocruz.

Por isso os cientistas questionam as iniciativas adotadas por governantes brasileiros de abandonar medidas sanitárias, afirmando que é fundamental alcançar o patamar de 80% da população completamente vacinada, número hoje que é de 55%.

“Esta ausência de distanciamento físico inclui formas distintas de aglomeração, desde o transporte público a atividades de comércio e lazer, nas quais há uma exposição prolongada de pessoas em espaços confinados”, observam os pesquisadores.

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