Nova Zelândia expressa preocupação à China sobre direitos humanos e Taiwan
O país criticou a China, seu principal parceiro comercial, por relatos de repressão à minoria uigur em Xinjiang
A Nova Zelândia expressou sua preocupação à China sobre a situação dos direitos humanos no gigante asiático e as crescentes tensões com Taiwan, disse à AFP neste sábado (25) a ministra das Relações Exteriores do país oceânico, Nanaia Mahuta.
Mahuta, em visita oficial à China, é a primeira diplomata neozelandesa a viajar para Pequim desde 2018.
A ministra maori se reuniu com o chanceler chinês, Qin Gang, e discutiu "questões espinhosas" como os direitos humanos na região chinesa de Xinjiang (noroeste), as liberdades em Hong Kong e a influência da China no Pacífico.
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"Há muitas coisas sobre as quais podemos concordar e também conversamos sobre questões espinhosas, sobre as quais discordamos", como "direitos humanos", disse Mahuta na embaixada da Nova Zelândia em Pequim.
A Nova Zelândia criticou a China, seu principal parceiro comercial, por relatos de repressão à minoria uigur em Xinjiang.
"Na (nossa) reunião, exortei a China a responder às recomendações do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (da ONU)", disse a ministra à AFP, referindo-se aos relatórios da instituição sobre possíveis "crimes contra a humanidade" contra os uigures de maioria muçulmana.
Mahuta também expressou preocupação a Qin sobre "a erosão dos direitos e liberdades em Hong Kong", de acordo com um comunicado divulgado neste sábado. Ela também levantou preocupações "sobre os desenvolvimentos no Mar da China Meridional".
Taiwan vive sob constante ameaça de invasão da China, que considera a ilha como parte de seu território e prometeu um dia retornar ao seu controle.
As demonstrações de força de Pequim se intensificaram nos últimos anos sob o presidente Xi Jinping, e a invasão russa da Ucrânia aprofundou os temores de Taiwan de uma invasão chinesa.
Falando do conflito na Ucrânia, a Nova Zelândia "exortou a China a usar sua influência sobre a Rússia para (obter) a retirada das forças armadas e o fim da guerra", disse Mahuta.