Oceano pacífico

Nove países criam coalizão para proteger o Oceano Pacífico nas Américas

A iniciativa recebeu a adesão da Colômbia, Peru, Costa Rica, Equador, Panamá, Canadá, México e Estados Unidos

Líderes dos governos de países das Américas jantam em Loas Angeles na Cúpula das Américas Líderes dos governos de países das Américas jantam em Loas Angeles na Cúpula das Américas  - Foto: Jim Watson / AFP

Nove países das Américas com costas no Pacífico, incluindo os Estados Unidos, anunciaram a formação de uma "coalizão para a proteção dos oceanos", do Alasca à Patagônia, uma iniciativa lançada pelo Chile.

"Estamos celebrando o multilateralismo e a oportunidade que o diálogo abre para a construção de um mundo melhor. Os oceanos são os principais sumidouros naturais de carbono e, como tal, desempenham um papel crucial nos efeitos das mudanças climáticas”, disse o presidente chileno, Gabriel Boric, ao assinar o acordo.

A iniciativa recebeu a adesão dos governantes da Colômbia, Peru, Costa Rica, Equador e Panamá, dos chanceleres do Canadá e México, além do enviado especial da presidência dos Estados Unidos para o clima, John Kerry.

Os líderes participam em Los Angeles na Cúpula das Américas, onde a proteção do meio ambiente é um tema crucial.

"Temos de trabalhar melhor na proteção dos nossos mares porque as espécies marinhas não conhecem fronteiras (...) É um acordo de cooperação. Estabelecemos áreas comuns de proteção. Não se trata de não aproveitar os recursos marinhos, trata-se de explorar estes recursos com racionalidade e sustentabilidade", disse à AFP o presidente da Costa Rica, Rodrigo Cháves, um dos signatários do acordo.

"A criação desta rede continental responde ao impulso do governo do Chile por uma Política Externa Turquesa, que contempla tanto o cuidado com o meio ambiente terrestre, como dos oceanos", afirmou o ministério chileno das Relações Exteriores.

A proposta contempla a criação de áreas marinhas protegidas do Canadá até o Chile: espaços delimitados legalmente reconhecidos para garantir a preservação da biodiversidade marinha.

Os espaços buscam proteger espécies marinhas únicas, aumentar as oportunidades de turismo e potencializar o desenvolvimento sustentável das comunidades costeiras, explicou a chancelaria chilena. O governo de Santiago apoia a iniciativa de proteger 30% do oceano até 2030.

"Do Chile lideramos um documento para a coalizão de proteção dos oceanos, com o apoio de oito países do Pacífico. Acredito que este é um marco fundamental. Da Chancelaria, afirmamos que um dos eixos fundamentais é a política turquesa", explicou a Ministra das Relações Exteriores, Antonia Urrejola.

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