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Número 2 do Sendero Luminoso é capturado em Lima, segundo polícia peruana

Iván Quispe, de aproximadamente 50 anos, foi detido em Lima com documentos falsos durante um controle policial aleatório

Bandeira do PeruBandeira do Peru - Foto: Reprodução/Internet

A polícia do Peru informou, nesta quarta-feira (16), que prendeu um alto comandante dos remanescentes do grupo armado Sendero Luminoso, cujas forças estão baseadas há anos em áreas de cultivo de coca no sul do país.

"A polícia do Peru acaba de capturar Iván Quispe Palomino, considerado o comandante número dois do Sendero Luminoso", assegurou à rádio RPP o ministro do Interior Juan José Santiváñez.

"Esta é uma captura importante, é um golpe certeiro nos remanescentes do Sendero Luminoso", acrescentou.

Iván Quispe, de aproximadamente 50 anos, foi detido em Lima com documentos falsos durante um controle policial aleatório perto de uma estação do metrô da capital peruana.

Os remanescentes da guerrilha do Sendero Luminoso operam no sul andino do país, no maior vale cocaleiro do Peru conhecido como VRAEM, uma das principais rotas do tráfico de drogas.

VRAEM é o acrônimo de Vale dos rios Apurímac, Ene e Mantaro, região que é cenário de enfrentamentos entre as forças do Estado com colunas do Sendero há mais de duas décadas.

Segundo o ministro, Iván Quispe "é um delinquente terrorista que tem antecedentes e mandados em aberto desde 2013".

As autoridades peruanas consideram que essas colunas do Sendero Luminoso fazem a segurança do narcotráfico. O Peru é um dos maiores produtores mundiais de coca e cocaína.

Iván Quispe é o irmão mais novo de Víctor Quispe Palomino, conhecido como "Camarada José", chefe dos cerca de 350 integrantes do que restou da guerrilha, segundo as autoridades.

Quase todos os líderes do Sendero Luminoso estão mortos ou presos, incluindo seu fundador Abimael Guzmán, falecido na prisão em setembro de 2021.

O Partido Comunista do Peru-Sendero Luminoso atuou entre 1980-2000 como uma organização maoísta de linha-dura que lançou uma "guerra popular do campo à cidade" para refundar o país, à semelhança do Khmer Vermelho do Camboja.

O conflito deixou mais de 69 mil mortos, segundo a Comissão da Verdade e Reconciliação (2003).

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