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Número de mortes por balas perdidas aumentou em Pernambuco
Mais uma criança foi atingida por bala perdida, desta vez, em Afogados, no Recife. Já em Olinda, o medo da criminalidade afeta prévias de Carnaval. O poder público promete medidas
Menos de uma semana depois de assumir o cargo, o secretário de Defesa Social (SDS), Angelo Gioia, se depara com a primeira crise de sua gestão: a greve dos policiais civis. Na próxima quinta-feira (13), os servidores pretendem parar por 24 horas. Enquanto isso, nas ruas, a insegurança continua como desafio. Mais uma criança foi atingida por bala perdida, desta vez, em Afogados, no Recife. Já em Olinda, o medo da criminalidade afeta prévias de Carnaval. O poder público promete medidas.
Na comunidade Souza Luna, em Afogados, Zona Oeste do Recife, o sentimento é de alívio. Por sorte, a menina Emily Vitória Santiago Cavalcanti, 6 anos, não teve o mesmo destino que outras oito pessoas mortas ao serem vítimas de balas perdidas, neste ano, no Estado, segundo dados da Secretaria de Defesa Social. Ela foi atingida no abdômen no meio da rua. Conforme a polícia, o tiro era para Felipe Leite, 20, que também acabou atingido. Ambos foram socorridos no Hospital da Restauração, passaram por cirurgia e estão fora de perigo. Não há pistas dos criminosos. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga se o tráfico de drogas motivou a ação dos atiradores.
Emily e a irmã tinham saído de casa, por volta das 20h do domingo, para ir a um mercadinho próximo de onde moram. Iam comprar refrigerante. De acordo com vizinhos, as meninas pararam para conversar com outra amiga e com o namorado dela quando dois homens numa moto chegaram e atiraram no rapaz. O muro de uma casa próxima, cravado por uma bala, dava ideia do terror vivido por quem estava na rua.“Me joguei no chão para não morrer. Vi a menina vindo na minha direção e caindo na calçada. A levei para casa e só aí vi que estava baleada”, contou uma vizinha.
Apesar de mais aliviados por algo pior não ter acontecido, moradores da comunidade não esconderam a revolta. O irmão da garota, Lucas André, diz que a violência é constante na região. “Aqui no bairro é uma guerra. Sempre temos problemas com o tráfico e fiquei muito assustado em saber que minha irmã havia sido baleada. Imagina se ela tivesse morrido?”
Balas perdidas
Histórias como a de Emily têm se repetido nos últimos meses, mas com desfechos tristes. Em agosto, Mateus Melo, 14, brincava em frente de casa, no Vasco da Gama, Zona Norte do Recife, quando foi atingido na cabeça durante troca de tiros entre PMs e assaltantes. Dias antes, uma criança de dez anos havia sido baleada no peito enquanto empinava pipa no Totó, Zona Oeste. Ela não era o alvo. O disparo foi feito por um PM.
Em nota, a SDS informou que, de um universo de 2.770 vítimas de homicídios desde janeiro, oito foram mortas por bala perdida, número que, no mesmo período de 2015, chegou a seis. A pasta reforçou que “tem trabalhado para coibir a prática da criminalidade em todo o Estado” e citou números de prisões (15,7 mil) e apreensões de armas de fogo (4,5 mil), que aumentara em relação ao ano passado.
Colaborou Gabriel Dias
Na comunidade Souza Luna, em Afogados, Zona Oeste do Recife, o sentimento é de alívio. Por sorte, a menina Emily Vitória Santiago Cavalcanti, 6 anos, não teve o mesmo destino que outras oito pessoas mortas ao serem vítimas de balas perdidas, neste ano, no Estado, segundo dados da Secretaria de Defesa Social. Ela foi atingida no abdômen no meio da rua. Conforme a polícia, o tiro era para Felipe Leite, 20, que também acabou atingido. Ambos foram socorridos no Hospital da Restauração, passaram por cirurgia e estão fora de perigo. Não há pistas dos criminosos. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga se o tráfico de drogas motivou a ação dos atiradores.
Emily e a irmã tinham saído de casa, por volta das 20h do domingo, para ir a um mercadinho próximo de onde moram. Iam comprar refrigerante. De acordo com vizinhos, as meninas pararam para conversar com outra amiga e com o namorado dela quando dois homens numa moto chegaram e atiraram no rapaz. O muro de uma casa próxima, cravado por uma bala, dava ideia do terror vivido por quem estava na rua.“Me joguei no chão para não morrer. Vi a menina vindo na minha direção e caindo na calçada. A levei para casa e só aí vi que estava baleada”, contou uma vizinha.
Apesar de mais aliviados por algo pior não ter acontecido, moradores da comunidade não esconderam a revolta. O irmão da garota, Lucas André, diz que a violência é constante na região. “Aqui no bairro é uma guerra. Sempre temos problemas com o tráfico e fiquei muito assustado em saber que minha irmã havia sido baleada. Imagina se ela tivesse morrido?”
Balas perdidas
Histórias como a de Emily têm se repetido nos últimos meses, mas com desfechos tristes. Em agosto, Mateus Melo, 14, brincava em frente de casa, no Vasco da Gama, Zona Norte do Recife, quando foi atingido na cabeça durante troca de tiros entre PMs e assaltantes. Dias antes, uma criança de dez anos havia sido baleada no peito enquanto empinava pipa no Totó, Zona Oeste. Ela não era o alvo. O disparo foi feito por um PM.
Em nota, a SDS informou que, de um universo de 2.770 vítimas de homicídios desde janeiro, oito foram mortas por bala perdida, número que, no mesmo período de 2015, chegou a seis. A pasta reforçou que “tem trabalhado para coibir a prática da criminalidade em todo o Estado” e citou números de prisões (15,7 mil) e apreensões de armas de fogo (4,5 mil), que aumentara em relação ao ano passado.
Colaborou Gabriel Dias
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