Número de mortos em prédio desabado na Flórida sobe para 90
Mais de 6 mil toneladas de concreto e outros entulhos foram removidos do local
O número de mortos no desabamento de um prédio em 24 de junho em Surfside, Flórida, subiu para 90 neste domingo (11), informaram as autoridades locais, depois de encontrar mais quatro corpos.
Dos corpos encontrados, 71 foram identificados e 31 pessoas que poderiam estar no prédio quando ele desabou ainda estão desaparecidas, anunciou a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, em coletiva de imprensa no 18º dia de buscas.
Mais de 6 mil toneladas de concreto e outros entulhos foram removidos do local, segundo ela.
As operações de busca continuam 24 horas por dia e "estamos prestes a acessar os carros da garagem" subterrânea, disse Alan Cominsky, chefe dos bombeiros de Miami-Dade.
Cominsky evitou fixar um prazo para a conclusão da operação. “É difícil dar uma data, mas acreditamos que conseguiremos retirar todo o entulho”, afirmou. “É um trabalho metódico para as equipes que fazem a busca manual. É um processo lento."
A equipe de resgate do exército israelense, que participou da busca a pedido da grande comunidade judaica de Surfside, tinha previsão de deixar o local neste domingo, disse Levine Cava.
O Champlain Towers South, um edifício de 12 andares construído à beira-mar em Surfside, desabou parcialmente na madrugada de 24 de junho.
O restante do prédio foi demolido devido aos riscos à sua estabilidade na noite do domingo passado, permitindo que as equipes avançassem na escavação de áreas antes inacessíveis.
O edifício Champlain Towers North, construído nas proximidades pelo mesmo empreiteiro, na mesma época e com os mesmos materiais, passou também a ser alvo de preocupações.
Porém, o prefeito de Surfside, Charles Burkett, disse neste domingo que as primeiras verificações sobre a confiabilidade dessa propriedade foram positivas.
“Os resultados iniciais mostram que a resistência do concreto é muito boa, no mesmo nível ou acima do que deveria”, explicou.
Ele acrescentou que mais verificações ainda precisam ser feitas. Após o desastre, o prédio não foi evacuado, mas os moradores que desejaram foram realocados pelas autoridades municipais enquanto são feitas as inspeções.