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JULGAMENTO DA COLISÃO NA TAMARINEIRA

"O álcool entrou na minha vida quando tive problemas com drogas", afirmou João Victor, no julgamento

Interrogatório acontece na manhã desta quinta-feira

João Victor Leal dá depoimento no terceiro dia de julgamento da colisão da TamarineiraJoão Victor Leal dá depoimento no terceiro dia de julgamento da colisão da Tamarineira - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Réu pela colisão na Tamarineira, no Recife, João Victor Leal é interrogado pela juíza Fernanda Moura na manhã desta quinta-feira (17), no terceiro dia do julgamento que ocorre no Fórum Rodolfo Aureliano, na zona central da capital pernambucana.

João Victor é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio na colisão ocorrida no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, em novembro de 2017.

O primeiro pedido da magistrada foi para que ele falasse seu nome e filiação, e o réu iniciou, já com a voz trêmula, ao mencionar os nomes dos pais. João Victor falou sobre o processo de separação dos pais, quando ele e a irmã eram crianças, e sobre os desentendimentos com o padrasto, então companheiro da mãe.

Também recordou os cursos universitários que iniciou, incluindo psicologia, e o emprego anterior ao acidente, em uma empresa que gerenciava ao lado do pai. “Antes de ser preso, eu tinha uma profissão”, disse. 

Ele também recordou os momentos em que passou a usar álcool e drogas. “O álcool entrou na minha vida quando eu tive meus problemas com drogas lá em Aracaju (SE), e minha mãe me mandou para o Recife para morar com o meu pai”, lembrou.

Segundo João Victor, o primeiro contato dele foi com cocaína e, só depois, ele passou a consumir bebida alcoólica. Quando passou a usar drogas, lembrou, chegou a vender artigos de vestuário, como tênis, e itens da casa, para comprar cocaína.

“Eu não gostava de beber, só cheirava cocaína.  Chegou um certo tempo que minha mãe não tinha mais controle em mim e falou com o meu pai”, disse. O réu relatou, então, que o pai enviou uma passagem para ele vir morar no Recife e foi buscá-lo na rodoviária ao lado da avó paterna. 

Relembre o caso:
Em 26 de novembro de 2017, o então universitário João Victor Ribeiro, que tinha 25 anos na época, conduzia, alcoolizado, um Ford Fusion em alta velocidade e avançou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, atingindo um Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas.

A batida provocou a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos; do filho dela, Miguel Neto, de 3 anos; e da babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida.

O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, que estava ao volante do Toyota, e a filha Marcela Guimarães, na época com 5 anos, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram. 

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