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Conflito

'O governo brasileiro está preocupado', diz Celso Amorim sobre ataque do Irã contra Israel

Assessor especial para assuntos internacionais do Palácio do Planalto diz que comunicação do governo com Israel hoje é "precária" e que espera uma solução para o conflito

Celso Amorim e LulaCelso Amorim e Lula - Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Após o início do ataque do Irã contra Israel neste sábado, com o lançamento de dezenas de drones e mísseis, o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, avalia que a situação é “extremamente preocupante”. A ação do Irã é uma retaliação ao bombardeio do consulado do país na Síria no último dia 1º, que causou a morte do comandante da Guarda Revolucionária do Irã. No mesmo dia, o Irã informou que iria revidar.

– Vemos essa escalada com preocupação. É enormemente preocupante e o governo brasileiro está preocupado – disse o ex-ministro ao GLOBO. Amorim afirmou que ainda não conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto, mas não descarta que ele se pronuncie sobre os ataques.

A relação do Brasil com Israel está abalada após falas de Lula, que comparou a morte de palestinos na faixa de Gaza ao genocídio de judeus. Em seguida, o governo de Israel, que é mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), informou considerar o presidente Lula persona non grata e a crise diplomática escalou.

Amorim afirma que diante disso, os governos não têm se falado.

– O nosso embaixador foi chamado para consultas pela maneira rude como foi tratado pelo ministro do exterior [de Israel]. Nossas comunicações com Israel hoje em dia são precárias. O ministro das relações exteriores fez um ataque violento ao Presidente da República o chamando de mentiroso. Nós não temos contato com o governo de Israel no momento. Com o irã, tampouco – explicou.

Amorim, que tem ampla experiência e já foi ministro das Relações Exteriores, avalia que a medida emergencial que deveria ser tomada de forma imediata seria chamar o Conselho de Segurança para discutir a questão.

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