O que é o sionismo: entenda a concepção e a história do movimento
Conhecido como pai do sionismo moderno, o judeu Theodor Herzl escreveu "O Estado Judeu", em 1896, onde desenvolve a ideia de que o povo judeu precisava ter sua própria terra e um Estado próprio
O sionismo é apontado por muitos especialistas como a principal base ideológica que levou à criação do Estado de Israel. O pensamento sionista se baseia na crença de que a solução para o pertencimento judeu em uma sociedade viria com a existência de um Estado próprio.
Conhecido como pai do sionismo moderno, o judeu Theodor Herzl, publica em 1896 o texto “O Estado Judeu”, em que desenvolve a ideia de que o povo judeu precisava ter sua própria terra, onde fossem os senhores.
Jornalista e escritor, nascido em Budapeste, Herzl viveu em Paris, no início da década de 1890, e testemunhou a presença do antissemitismo na sociedade francesa. O contato com o preconceito contra os judeus europeus ajudou a moldar seu argumento. No texto publicado em 1896, Herzl defende que a resposta para esse mal social não viria pelo esforço de assimilação a outras culturas, mas pela ação política de migrar para uma terra e um Estado próprios.
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A propagação das ideias de Herzl levou a organização do primeiro Congresso Sionista, em 1897, na cidade suíça de Basileia. Do debate emergiu a plataforma sionista que instituía a criação da Organização Sionista Mundial e o objetivo de estabelecer um Estado assegurado por lei para o povo judeu na Palestina, a região onde apontavam para sua ligação histórica e religiosa.
A Palestina histórica, que esteve sob mandato britânico concedido pela Liga das Nações entre 1923 até 1948, compreendia a região onde hoje estão Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Até 1947, muitos judeus migraram para a região, um movimento que se intensificou durante a Segunda Guerra e a perseguição nazista. Nesta época, teve início este ciclo de violência entre árabes e judeus que dura até hoje.
Em 1948, o Reino Unido decide se retirar da Palestina e a ONU tenta fazer valer uma resolução para estabelecer um Estado judeu e um palestino, mas Israel declara independência e o povo palestino parte para a diáspora, no que os palestinos conhecem como o Nakba, a catástrofe para seu povo.